MÚSICA

Jota Quest comemora 25 anos de carreira com supershow na Arena do Expominas

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
08/10/2022 às 14:10.
Atualizado em 08/10/2022 às 14:12
No repertório, 25 hits que marcaram a trajetória do grupo mineiro, além das novidades do 10° álbum de estúdio, em fase de finalização (Divulgação)

No repertório, 25 hits que marcaram a trajetória do grupo mineiro, além das novidades do 10° álbum de estúdio, em fase de finalização (Divulgação)

Pode cobrar a gente depois”, avisa o guitarrista Marco Túlio Lara, ao garantir, com todas as letras, que o show que os fãs verão neste sábado, no Expominas, “irá surpreendê-los com um tanto de coisas”, mesmo depois de a banda mineira já contabilizar 25 anos de estrada.

A apresentação comemorativa, que vem percorrendo várias cidades do país, chama a atenção por um roteiro audiovisual que enaltece a essência do grupo, uma amizade que superou dificuldades e brigas e estabeleceu uma grande unidade entre eles.

“A galera começou a viajar nesta ideia de uma banda de cinco integrantes que continua junta, unida, que existe uma química aqui e que gerou um elemento que é diferente dos outros”, explica, entusiasmado, o vocalista Rogério Flausino.

Esse elemento é o J, curiosamente, a única letra inexistente da tabela periódica. “Quando essa química se encontra com a plateia, rola uma explosão, uma parada muito louca”, destaca Flausino, que compara a construção desse enredo a ficção científica.

Com o show dividido em três “estados” (sólido, líquido e gasoso), o vocalista sintetiza uma trajetória em que, apesar de ser “a mesma banda de sempre, tocando o repertório que foi construído ao longo de 25 anos”, há ainda muita coisa nova a ser apresentada.

Lara comenta que os arranjos e o audiovisual se fundem, resultando em algo bastante lúdico. “Esse é o grande barato. Tem todo esse roteiro que foi construído em cima de átomos, mas sobretudo é um espetáculo com uma grande força audiovisual”.

O guitarrista observa que o novo show é um contraponto à turnê anterior do Jota, focada no acústico. “Quando veio a pandemia, a gente estava encerando a turnê acústica, onde a gente realmente pegou as músicas todas e deu outra cara, trazendo aquilo mais para a canção, para coisa de violão”.

Agora, destaca Marco Túlio Lara, o quinteto realizou um apanhado das músicas, “vendo os arranjos feitos ao longo da história e pegando os melhores”. E conclui dizendo que é um show alto astral, para cima, vibrante, e com guitarra o tempo todo. 

Flausino não perde a oportunidade para tirar um sarro do amigo, usando a frase dele para constatar “o quanto ele sofreu” durante a fase acústica, garantindo boas risadas. “Gostei da fase do violãozinho também”, defende-se Lara.

DNA do “ao vivo” mantém o grupo sempre com vigor

Rogério Flausino avisa que, ao definir o repertório das melhores da história do Jota Quest, sempre existe uma “briguinha” para decidir uma outra. Vinte delas, revela, são uma espécie de hors concours. “A saída foi criar, durante o show, o que ele chama de “momento flutuante”.

“Cada cidade que a gente vai passar terá uma música que nunca tocamos, em que nós decidiremos e ensaiaremos no camarim. Terá também algumas novidades lançadas mais recentemente”, afirma. A banda, por sinal, nunca esqueceu as suas bases, quando tocava em barzinhos de BH.

“A gente tem as nossas divergências, as nossas brigas, mas também uma sintonia no objetivo. Temos uma agenda grande de shows, o que faz com que a gente fique mais junto ainda. E estamos muito felizes de chegar até aqui”, comemora o guitarrista Marco Tulio Lara. 

O tecladista Márcio Buzelin lembra que, há 25 anos, eles sempre buscavam espaços onde podiam mostrar o seu som. “A gente começou assim, na estrada. Em BH havia uma cena muito boa de galpões, de eventos, de festas de universidades”, assinala o instrumentista.

“O grupo amadureceu musical e artisticamente no palco. A gente só foi para o estúdio porque, na época, gravar era muito caro. Precisamos juntar uma grana (para gravar). A gente tem esse DNA de ao vivo e isso fica, deixando a banda com mais vigor. Sem dúvida, é a nossa gênese”, sublinha.

Buzelin pondera que o Jota nunca aderiu a modismos “porque o que a gente faz é muito legítimo, verdadeiro”. Ele frisa que não é possível mentir na arte, sob o risco de ficar caricato”. Numa série de situações, como na política e nos relacionamentos, a mentira ainda cola, mas na arte, não. A gente sempre foi muito leal àquilo que acreditava”.


SERVIÇO“Jota 25 – De Volta ao Novo” – Neste sábado, às 22h, no Expominas (Avenida Amazonas, 6200). Ingressos: a partir de R$ 80

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