TEATRO

Maitê Proença apresenta peça 'O pior de mim' neste sábado, no teatro do Minas Tênis Clube

Paulo Henrique Silva
Publicado em 02/09/2022 às 19:50.
A atriz paulistana de 64 anos reflete sobre como a sua conturbada história familiar repercutiu no lado profissional (Divulgação)

A atriz paulistana de 64 anos reflete sobre como a sua conturbada história familiar repercutiu no lado profissional (Divulgação)

Apesar de estampar o título “O Pior de Mim” e relatar histórias muito pessoais, a peça não é fruto de um processo de auto-análise. “Porque é também sobre você”, registra Maitê Proença, que chega a Belo Horizonte neste sábado, no Teatro do Minas Tênis Clube.

“Nesse mundo de pessoas perfeitas do Instagram, a peça é sobre tudo o que não deu certo, o que eu não via e que só enxergo agora, os medos imobilizantes, porque ergui muros onde queria mesmo era construir pontes para as pessoas”, observa.

Ela define “O Pior de Mim” como uma contação de histórias que bate nas portas trancadas de cada um de nós. Nada trágico, frisa Maitê. “Não é pra baixo, porque tem risada no meio e o espectador sai com garra para dar a volta por cima”, avisa.

O espetáculo primeiramente ganhou o formato virtual, durante a pandemia. “Fomos a peça mais vista do online. Recebemos inúmeras indicações para prêmios e aprendemos a tornar esse gênero mais íntimo com a pessoa que estava vendo de casa”. 

Após passar por um modelo híbrido, com espectadores e transmissão ao vivo, “reensaiamos tudo pro presencial”. Desta vez, ela não está sozinha no palco, sendo acompanhada por um ator que filma toda a cena por um ângulo diferente do que a plateia vê.

Em tempos de fake news, ela enxerga na peça “um antídoto contra a mentira das redes sociais, do ‘BBB’, do mundo da ilusão que deprime quem se compara com aqueles patamares inalcançáveis”. E sintetiza dizendo que “é um grito de coragem”.

O espetáculo dirigido por Rodrigo Portella também aborda a questão de ser uma mulher sexagenária na atualidade. Ela cita um trecho de sua fala, sobre a ironia de que, “agora que tenho mais a dizer, haja menos interesse por minhas reflexões”. 

Maitê Proença, que foi musa de uma geração, continua a análise, afirmando que não se trata do fato de ser mulher. Mas sim porque “sou mulher velha”, lamentando a ânsia pela juventude sem fim. “Não tenho 20 anos e, quando tinha, era estúpida”.

SERVIÇO“O Pior de Mim” – Sábado, às 20h, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas (Rua da Bahia, 2244). Ingressos: antecipadamente, por R$ 100 (R$ 50, a meia), e no dia do evento, por R$ 120 (R$60, a meia). Eles podem ser adquiridos na bilheteria ou no site Eventim

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