Ter a coragem de mostrar o pior de si mesmo, ainda mais em um palco, sob holofotes, diante de centenas de pessoas que você não conhece não é para qualquer um. O desafio foi proposto e aceito por Maitê Proença, atriz, apresentadora, escritora, que nunca teve medo de expor suas opiniões e sua vida pessoal.

A inesquecível Dona Beija já foi considerada uma das mulheres mais bonitas do país. E seu currículo inclui novelas, teatro, produção de peças, crônicas, livros, cinema, capas de revistas. 

E a bela retorna aos palcos de BH com a peça “O pior de mim”, baseada em seu livro que tem o mesmo nome. Na opinião da artista, o texto foi desenvolvido a partir da crença de que, como afirma, “nossas histórias pessoais são distintas, mas a forma que reagimos quando fragilizados é muito semelhante”.

Sob a direção de Rodrigo Portela, Maitê revisita momentos marcantes de sua vida. “A peça é sobre todos nós e o que fazemos com o enredo que nos foi dado. Refiro-me à minha própria história porque é a única que tenho, e ela me dá autoridade para tratar dos assuntos que abordo na peça”, declara.

Em cena, em um corajoso monólogo, Maitê Proença fala ainda da mulher de 60 anos no Brasil, de machismo, misoginia, de preconceito. Mas, mais do que um caráter confessional, o texto tem uma natureza de reflexão, um caminho por uma jornada de descobertas e autoconhecimento. “O que tenho de melhor é a curiosidade permanente de olhar. Preciso conhecer a vida que me deram e o que fazer com ela”, declarou em entrevista à uma revista, no ano passado.

A peça fica em curtíssima temporada, no próximo sábado (3), no Centro Cultural Unimed-BH Minas, a partir de 20h. Os ingressos custam R$ 100 e podem ser adquiridos neste link. O livro estará à venda no saguão do teatro.

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