O cantor e compositor jamaicano Jimmy Cliff, um dos maiores nomes da história do reggae, morreu aos 81 anos. A informação foi confirmada em um texto publicado no perfil oficial do artista no Instagram, assinado por Latifa, sua esposa. Segundo o post, Cliff morreu após sofrer uma convulsão após quadro de pneumonia.
“É com profunda tristeza que compartilho que meu marido, Jimmy Cliff, partiu após uma convulsão seguida de pneumonia”, escreveu Latifa no comunicado. “Agradeço à família, amigos, artistas e colegas que dividiram essa jornada com ele. Aos fãs ao redor do mundo, saibam que o apoio de vocês foi sua força durante toda a carreira. Ele valorizava profundamente o amor de cada um.”
A esposa também expressou gratidão à equipe médica e pediu privacidade no momento de luto. O comunicado, finalizado por Latifa, Lilty e Aken, informa que mais detalhes serão divulgados posteriormente.
Legado no reggae e laços com o Brasil
Jimmy Cliff é lembrado por clássicos atemporais como “The harder they come”, “You can get it if you really want” e “Many rivers to cross”. Ele foi um dos pilares que impulsionou o reggae e o ska jamaicano para o reconhecimento internacional.
O artista tinha uma relação especial e duradoura com o Brasil. Sua conexão começou em 1968, com a participação no Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro. A visita inspirou a composição de “Wonderful world, beautiful people” e o fez gravar o LP “Jimmy Cliff in Brazil”.
Ao longo dos anos, o cantor manteve uma forte presença no país, especialmente no Rio de Janeiro e na Bahia, onde chegou a morar e onde nasceu sua filha, Nabiyah Be, que mais tarde se tornaria atriz em Hollywood.
Apesar da idade, Cliff seguia ativo e havia lançado seu último single, “Human touch”, recentemente.