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ARTE URBANA

'Mosaico vivo': com cem casas, maior macromural do país entra em fase final de execução em Nova Lima

Obra promovida pelo Instituto Cura tem arte assinada por coletivo indígena

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 28/10/2025 às 16:12.Atualizado em 28/10/2025 às 16:59.

Nova Lima se prepara para inaugurar o maior macromural do Brasil. Em fase final de execução - com a retirada de andaimes e realização de acabamentos-, a obra é promovida pelo Instituto Cura. Cerca de cem casas foram pintadas e integram a composição do mural, que ocupa os bairros Vila São Luís, Monte Castelo, Vila Marise, Morro das Pedrinhas, Cascalho e Montividiu, formando uma gigantesca tela viva visível a grandes distâncias.

A pintura é assinada pelo Movimento dos Artistas Huni Kuin (MAHKU), coletivo indígena do Acre que vem conquistando reconhecimento internacional com passagens por instituições como Masp, Pinacoteca, Fondation Cartier e Bienal de Veneza. 

“A pintura partiu de uma música de cura que o coletivo escolheu. Um canto do espírito da floresta, da língua hunikuin, transmutado pelas pinturas coloridas. As casas ficam mais seguras com a força dos encantos da floresta. Qualquer pintura não, é pintura muito sagrada, pintura espiritual, espírito da floresta vivo, que protege nossa saúde, nossa paz. É isso que as comunidades recebem”, diz Ibã Sales hunikuin, coordenador do grupo, sobre os significados do trabalho para o coletivo. 

Segundo Janaina Macruz, uma das fundadoras do Instituto Cura, o momento representa um marco. “Estamos muito felizes com este momento em que o Cura deixa de ser um festival e passa a ser um movimento de arte pública. O macro mural consolida essa nossa missão de impacto econômico, social, turístico — e amplia nossa atuação", afirma.

Instituto Cura 

Criado em 2017, o Cura se tornou referência em arte pública na América Latina, e hoje atua como Instituto Cura. O projeto já realizou nove edições de festivais em Belo Horizonte e duas em Manaus, com um legado que soma na pintura em grande escala de 35 empenas de edifícios (14 no Mirante Sapucaí, 13 na Raul Soares, 4 no bairro Lagoinha e 4 em Manaus).

Nelas, a representatividade é marcante: 16 empenas assinadas por mulheres; 8 empenas indígenas. Os números incluem, ainda, 12 murais, uma pintura de chão indígena, 6 instalações urbanas, uma fachada de lambe, 3 exposições individuais e uma residência artística.

Cura Macro Nova Lima
Realização: Instituto Cura
Parceria: Patrimônio Cultural de Nova Lima e Prefeitura de Nova Lima
Apoio: Plataforma Semente | Ministério Público de Minas Gerais

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Pintura ocupa ocupa os bairros Vila São Luís, Monte Castelo, Vila Marise, Morro das Pedrinhas, Cascalho e Montividiu (Bruno Figueiredo/ Divulgação)

Pintura ocupa ocupa os bairros Vila São Luís, Monte Castelo, Vila Marise, Morro das Pedrinhas, Cascalho e Montividiu (Bruno Figueiredo/ Divulgação)

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