
"Esta exposição é sobre a quebra da linha dura entre a produção artística e o mercado da arte. Uma resistência não por estética, mas por desejo, afeto, amor e encontro”. A frase é de Francisco Pereira, artista paraibano radicado em Minas Gerais, que assina a curadoria de “A Margem do Rio Onde o Afeto se Banha”. Gratuita, a mostra reúne trabalhos de 13 expoentes mineiros do audiovisual e da fotografia na Galeria Mama/Cadela entre este sábado (16) e 22 de dezembro.
Além de Pereira, que apresenta o filme “Água Preta” em parceria com a mineira Juliana Gontijo, integram a exposição os artistas Sávio Leite, Tenesmo, Daniel Bretas, Dayane Tropicaos, Dolores Orange, Daniel Junqueira, Paula Coraline, Bruno Queiroz, Erick Ricco, Sanzio Machado e Helena Vanucci. A abertura conta com a apresentação do duo musical Água-rasa e o encerramento terá roda de conversa sobre a poética da mostra.
Pereira explica que a ideia parte de um muralismo coletivo. “A ligação entre as obras não se deu por nomes, referências ou falas de terceiros, mas pela aura: olhar, sentir, impactar e tocar”, diz. “Vem da vontade de aquecer o outro com a imagem, de trazer boas memórias de um sentimento caloroso ou relembrar algo que não seja puramente cor e forma”.
Para Juliana Gontijo, a exposição reforça a potência do vídeo e da foto a enquanto linguagens artísticas. “Talvez essa ideia de que não tenham o mesmo espaço que os meios tradicionais nas artes visuais surja pelo mercado comercial. É uma questão que precisa ser discutida”, afirma.
“A fotografia e o vídeo são tratados de maneiras e com propósitos totalmente diversos. É possível ver desde vídeos experimentais a filmes premiados, fotografias analógicas, digitais, impressão 3D e diferentes formas de tratar a imagem”.
Serviço
Exposição “A Margem do Rio Onde o Afeto se Banha”. De sábado (15) a 22 de dezembro, das 17h às 23h, no Mama/Cadela (Rua Pouso Alegre, 2.048 – Santa Tereza). Gratuita
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