Musa do cinema, Anna Karina completaria hoje 80 anos

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
22/09/2020 às 07:18.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:36
 (SNC/DIVULGAÇÃO)

(SNC/DIVULGAÇÃO)

Mesmo que você não tenha visto nenhum filme da Nouvelle Vague, movimento francês que lançou várias obras-primas durante a década de 1960, a imagem de Anna Karina não lhe deve ser estranha.

A atriz de origem dinamarquesa, que completaria nesta terça (22) 80 anos, foi a principal inspiração de Quentin Tarantino para compor a personagem de Uma Thurman em “Pulp Fiction”.

Aquela cena em que Uma dança com John Travolta é uma homenagem a “O Bando à Parte” (1964), filme de Jean-Luc Godard em que Anna faz uma divertida coreografia com dois namorados.

Com Godard, a atriz de pele alva e olhos azuis trabalhou em nada menos do que oito filmes. Dois deles serão exibidos hoje no Telecine Cult – um é justamente “O Bando à Parte”; e o segundo é “Uma Mulher é uma Mulher”.

Com “Uma Mulher...”, Anna estreou na tela grande, após chamar a atenção de Godard num comercial de sabonete. Ela já era uma modelo bem-sucedida, tendo trabalhado para Pierre Cardin e Coco Chanel.

Foi Coco, aliás, a autora do nome artístico – Hanne Karen Bauer é o que consta na certidão de nascimento. Anna Karina teria, segundo a famosa estilista, mais sonoridade.

A parceria com Godard também aconteceu na vida real, mas a relação terminou em divórcio, em 1967, após a atriz reclamar das constantes e longas ausências do marido, sem avisar onde estava.

Como tantas outras musas do cinema francês, entre elas Jean Seberg, Isabelle Huppert, Juliette Binoche e Marion Cotillard, ela também desembarcou em Hollywoond, onde fez “Justine”, em 1969.

Anna ainda trabalharia com diretores de renome, como Luchino Visconti, em “O Estrangeiro”, e Rainer Werner Fassbinder, em “Roleta Russa”. Em 2013, veio ao Brasil para um festival em Brasília.

Ao crítico Luiz Zanin Oricchio, ela afirmou: “Acho que se há uma lição daquele tempo é a de não nos levarmos muito a sério. Sempre digo que fazíamos coisas sérias, mas sem nos acharmos pessoas importantes; simplesmente nos divertíamos”.

Na capital federal, Anna Karina cantou diante de 1.300 pessoas que lotaram a sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. Cantora, realizou um show intimista com músicas próprias e de Serge Gainsbourg. Em 14 de dezembro do ano passado, ela vira a falecer de câncer.

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