Museu Casa Alphonsus Guimaraens, em Mariana, será restaurado nos próximos 30 dias

Hoje em Dia
20/07/2015 às 16:09.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:00
 (Sumav/ Divulgação )

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O Museu Casa Alphonsus Guimaraens será restaurado. Instalado na cidade de Mariana, região Central do Estado, o espaço está fechado para visitação do público há exatos seis anos. Para a obra, bancada pela Secretaria de Estado de Cultura, foram destinados R$ 600 mil. A previsão é de que os trabalhos comecem em até 30 dias.

Com as obras, o museu ganha uma nova proposta museológica voltada para espaço cultural. Além disso, seus pisos, paredes e forro restaurados de forma a manter as características arquitetônicas do imóvel.

Acervo familiar

O Museu Casa Alphonsus de Guimaraens foi inaugurado em 1986 na casa em que Alphonsus de Guimaraens viveu entre 1913 a 1921. Construída em fins do século XVIII, a edificação de dois pavimentos, residência típica de setores mais abastados da sociedade colonial, situa-se no centro histórico de Mariana, integrando conjunto arquitetônico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/Iphan.

O acervo do museu é fruto de doações em sua maioria feitas pela família de Alphonsus Guimaraens, quando da criação da instituição. É composto por sua biblioteca particular na qual se inserem obras raras; por conjunto de fotografias; objetos referentes à vida privada, à carreira como juiz e à atividade literária, e por acervo de documentos textuais, dentre os quais se destacam artigos publicados e originais manuscritos de textos, poemas e correspondências.

Alphonsus Guimaraens

Afonso Henrique da Costa Guimaraens nasceu em Ouro Preto, em 1870. Estudou Direito na Faculdade de Direito de São Paulo e na Escola Livre de Direito de Minas Gerais. Assumiu, em 1895, o cargo de promotor de Justiça da Comarca de Conceição do Serro, atual Conceição do Mato Dentro, e, posteriormente, o de juiz substituto.

Casou-se com Zenaide, filha do capitão João Alves de Oliveira, escrivão da Coletoria Estadual, com quem teve 15 filhos. Em 1906, nomeado juiz municipal, mudou-se para Mariana, onde permaneceu até a morte, em 1921.

Considerado um dos grandes representantes do Simbolismo no Brasil, Alphonsus de Guimaraens iniciou sua incursão no jornalismo em São Paulo, em companhia dos colegas padre Severiano de Rezende e Adolfo Araújo, fundador de "A Gazeta". Os versos de Alphonsus eram publicados em jornais da época e muitos deles constam em publicações posteriores, reunidos em livro.

Alphonsus de Guimarães publicou crônicas e poesias em jornais e revistas, entre os quais se destacam: "Diário Mercantil" (São Paulo), "Comércio de São Paulo", "Correio Paulistano", "O Estado de S. Paulo", "A Gazeta" (São Paulo), "O Germinal" (Mariana), "O Conceição do Serro" (Jornal Político), "Revista Fonfon" (Rio de janeiro), "Jornal do Comércio" (Juiz de Fora), "O Alfinete" (Mariana).

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