(Arte HD)
Em “So Sick”, sucesso há poucos anos em todo o mundo, o cantor Ne-Yo dizia estar cansado de canções de amor – “tão tristes e lentas”. Ao mesmo tempo, perguntava: “Mas então, por que não consigo desligar o rádio?”. Músicas de amor são, sim, viciantes. Pode soar exagero, mas é difícil encontrar uma pessoa que não tenha, na sua trilha sonora particular, uma faixa dedicada ao sentimento que, no Brasil, ganha relevo nesta sexta-feira (12), com o Dia dos Namorados. Carolina Kasting que o diga. A atriz compartilha momentos felizes com ator e designer Maurício Grecco há nada menos que 16 anos – os dois, vale lembrar, são pais de Cora, 9. Enquanto o casório (já anunciado no Instagram) não vem, o casal se delicia com uma coincidência: “Sempre que estamos vivendo um momento especial ou coisas boas estão para acontecer, ‘Mercy Street’ (Peter Gabriel) toca em algum lugar, como que por milagre”. O casal, claro, adora. “Virou a ‘nossa’ música. Representa o amor universal, que, para a gente, é algo muito importante”. Na ficção O ator global Marco Pigossi, que passou recentemente por BH, nem titubeia ao apontar a sua música: “Your Song”. O interessante é que ela está atrelada a um momento vivido pelo rapaz na esfera da ficção. “Ela me marcou por ter sido o tema do Rafael e da Sandra (Ísis Valverde) em ‘Boogie Oogie’ (2014), um momento muito bacana da minha carreira”. Outra que passou recentemente pela cidade, Fafá de Belém também foi desafiada pelo Hoje em Dia. A paraense confessa estar solteira no momento (“infelizmente”, ri), e recorreu a seu próprio repertório. “Destaco ‘Meu Homem’, versão de ‘Nobody Does it Better’, da Carly Simon, que foi para um amor muito especial na minha vida. Já cantei para alguns amores e espero encontrar outros”, diz ela, lembrando que um caderno inteiro não daria conta do número de canções que versam sobre o amor em forma de recado para as quais já colocou sua voz a serviço. “Mulher vive mandando recado, seja para o ex ou para o atual. Com as redes sociais então, acontece toda hora”. “Coração vulgar” A sambista Aline Calixto resolveu marcar sua opção na seara pela qual transita, e apontou “Coração Vulgar”, de Paulinho da Viola. “Essa música fala do verdadeiro amor e das pessoas que sofrem por não saber amar ou por não compreenderem a essência do amor. Se você diz amar alguém, mas fala que o amor é uma ilusão, então aquilo não é amor ou você não viveu esse sentimento em sua plenitude. Isso porque o verdadeiro amor nunca passa por isso”, advoga. Apaixonado a ponto de agregar o sobrenome da mulher, Bianka, ao seu, o poeta Wilmar Silva de Andrade entende que “Ilumina-me”, de Pedro Abrunhosa, consegue traduzir a essência do que é o sentimento. Duvidar, quem há de? “Para conquistar a Bianka, enviava a ela muitas coisas relacionadas ao amor, como poemas (dele, que embasaram o livro ‘Eu te amo’) e músicas. Uma delas era ‘Ilumina-me’, que traz o amor de uma forma completamente lírica” Wilmar Silva. Jesuton coloca o vozeirão a serviço do romantismo Com um repertório permeado pelo romantismo, a cantora britânica (radicada no Brasil há três anos) Jesuton retorna a BH para apresentação única nesta sexta-feira (12), Dia dos Namorados. O formato escolhido foi o voz & violão – quem assume o instrumento é Isaac Negrene, da banda Black Rio. O show acústico, assegura a moça, propicia um “clima bom para cantar ao pé do ouvido”. “Nesse formato posso improvisar, além de ser propício para a data”, complementa. O setlist da noite mescla sucessos da soul music norte-americana, alguns dos quais presentes no mais recente álbum de Jesuton, “Show Me Your Soul”. Hits que ecoaram pelo dial de todo o mundo nas vozes poderosas de Diana Ross, Marvin Gaye, Stevie Wonder e dos Jackson 5, para citar alguns. Suingue O trabalho (lançado no final de 2014) mistura soul, blues e hip hop, que conferem muito suingue ao álbum. “Nesse disco, retornei à minha essência, além de homenagear a época da (gravadora) Motown”, explica a britânica, que veio para o Brasil em 2012, começou a cantar nas ruas da cidade maravilhosa e arrebanhou fãs (como Luciano Huck) que fizeram sua carreira decolar. Eclética, Jesuton se encantou tanto pela música produzida no Brasil que convidou nomes como Marcelo D2 e DJ Corello para seu disco. “Cheguei aqui sem conhecer ninguém, só pelos elogios ouvidos sobre a produção musical do país. Encontrei muita gente bacana e uma musicalidade que conecta pessoas. Decidi misturar isso nas minhas interpretações. Sou fã do hip hop brasileiro”, registra ela, que, das calçadas do Rio de Janeiro, foi parar no YouTube pelas câmeras dos transeuntes. Suas voz potente interpretando “Wild Horses”, dos Stones, viralizou, chamando a atenção de produtores musicais. “Até hoje não acredito como as coisas aconteceram para mim. Considero que fui descoberta pelas pessoas, pois foi por meio do YouTube que fui vista”, considera ela, que não pensa em deixar o país tropical tão cedo. “Sou muito grata a este país de grandes compositores e que sabe acolher intérpretes. Me encontrei aqui e pretendo ficar por muito tempo”. Roupagem atual O próximo passo de Jesuton é gravar composições próprias. “Gosto de releituras, mas tenho minhas composições. O caminho que trilhei já me permite mostrá-las ao público”. Além dos clássicos da Motown, no show dessa sexta-feira (12) os fãs podem esperar muito soul em canções de Beatles, Cindy Lauper e OutKast, entre outros. “Gosto de dar uma roupagem atual às canções. Conectá-las ao que está acontecendo no momento”. Jesuton – Teatro Bradesco (rua da Bahia, 2244). Sexta-feira, 21h. R$ 80 e R$ 40 (meia) Mercy Street - Peter Gabriel
Your Song - Elton John
Meu Homem - Fafá de Belém
Coração Vulgar - Paulinho da Viola
Ilumina-me - Pedro Abrunhosa
I Heard it Through the Grapevine - Jesuton
Meu Bem - NX Zero (Homenagem do cantor Di Ferrero para sua namorada, a modelo Isabeli Fontana)