O jornalista Jorge Nabut pauta novo livro, " Corredor dos Boiadeiros"

Pedro Artur/Hoje em Dia
Publicado em 29/08/2014 às 08:16.Atualizado em 18/11/2021 às 03:59.
 (Divulgação)
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“Vai boiadeiro que a noite já vem/ Guarda o teu gado e vai ‘pra’ junto do teu bem”. Assim começa uma das canções mais conhecidas de Luiz Gonzaga, o Gonzagão, ou simplesmente o eterno “rei do baião”.

Nas páginas da história do Brasil, o boiadeiro tem presença marcante em todas as regiões do o país – embora, claro, no passado fosse ainda mais forte. No Triângulo Mineiro é figurinha carimbada desde antanho.

É sob este prisma que o escritor, historiador e jornalista Jorge Nabut lança o livro “Corredor dos Boiadeiros” nesta sexta-feira (29), a partir das 19h, na Status Livraria & Café (rua Pernambuco, 1.150, Savassi). Na ocasião, o exemplar será vendido ao preço de R$ 40.

Para o escritor, os boiadeiros foram importantes desbravadores. “Uma herança a se ressaltar são as estradas que ajudaram a concretizar. Eles abriram caminho pelo sertão – daqui, de Uberaba, a Campo Grande (MS), são mais de 800 quilômetros. Esse pessoal meteu a cara, abrindo caminho, criando pequenos núcleos, muitos dos quais se transformaram em cidades, caso de São José do Rio Preto. Era uma ruela e, com o trânsito e comércio do gado, se transformou em uma das mais importantes cidades de São Paulo”, diz.

Já Uberaba, segundo o livro, era sob vários aspectos, o ponto estratégico. “O gado (vivo) vinha de Goiás, do próprio Triângulo, do Mato Grosso, em direção a Uberaba, e daqui era distribuído para o resto do país”, frisa o escritor, que já lançou nove livros – dentre os mais recentes, o de poesia “Geografia da Palavra” e “Fragmentos Árabes”, sobre a presença libanesa em Uberaba.

Para essa tarefa, Jorge Nabut se debruçou sobre pesquisas durante nada menos que dois anos, além de ter feito, nos anos 1970, uma série de entrevistas. Uma das figuras marcantes com as quais se deparou foi Francisco Cavalcanti, de 101 anos. “Ele me ajudou a entender o trajeto do gado, de onde vinha para onde ia”, ressalta.
 

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