Obra de Luiz Melodia é celebrada em premiação

Lucas Buzatti
18/03/2019 às 07:49.
Atualizado em 05/09/2021 às 17:50
 (Alexandre Woloch / Divulgação)

(Alexandre Woloch / Divulgação)

Em 2017, o Brasil perdeu Luiz Melodia, que morreu em decorrência de complicações causadas por um câncer na medula. Apesar da partida física, a poderosa voz do “Negro Gato” continuou – e continuará – ressoando no imaginário da música popular brasileira, por meio de sua irretocável obra. Para celebrar o legado artístico do cantor e compositor carioca, a 29ª edição do “Prêmio da Música Brasileira” foi costurada por números musicais em homenagem, em 2018, ou no “Ano Luiz Melodia”, como apelidado pela organização da premiação.

O registro da apresentação, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, ganhou agora versão em CD e DVD, lançada neste mês, pela Biscoito Fino. A homenagem contou com a participação de 21 artistas, que trouxeram novas abordagens para a obra de Luiz Melodia. O repertório é calcado nas músicas autorais do carioca, tais como “Ébano”, que abre o show na voz sublime de Fabiana Cozza.

Outras cantoras, de diferentes gerações e vertentes, também participam da homenagem. Zezé Motta e Sandra de Sá soltam a voz em “Dores de Amores”, enquanto Baby do Brasil e Alcione cantam, respectivamente, “Magrelinha” e “Estácio, Holly Estácio”. Já a clássica “Salve Linda Canção Sem Esperança” fica por conta de Céu, e “Juventude Transviada” ganha frescor na versão de Xênia de França e Áurea Martins.

Além da potência feminina, a homenagem é marcada por encontros emocionantes. Para cantar “Pérola Negra”, ninguém menos que Maria Bethânia, que reúne-se ao irmão Caetano Veloso e aos sobrinhos Moreno Veloso, Tom Veloso e Zeca Veloso. Ainda sobre família, Lenine divide os vocais com o filho João Cavalcanti em “Congênito”, num momento singular.

Destaque ainda para o power trio formado pelo bandolinista Hamilton de Holanda, o violonista Yamandú Costa e Pedro Luís, que interpreta “Fadas”.

Outro trio notável – Iza, Lazzo Matumbi e Liniker – fica a cargo de “Negro Gato”, versão arrepiante que encerra o show, coroando uma homenagem à altura de um dos maiores cantores do Brasil.

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