Intervenções culturais

Obras do CURA chamam a atenção de quem passa pela praça Raul Soares nesta segunda

Lucas Sanches*
@sanches_07
14/02/2022 às 13:44.
Atualizado em 14/02/2022 às 14:17

Quem passa pela praça Raul Soares, na região Central de Belo Horizonte, se depara com uma série de intervenções artísticas promovidas no chamado "Gira de Novo" nesta segunda-feira (14). As obras são de autoria de Mário Apocalypse, neto de Álvaro Apocalypse, criador do grupo de teatro de bonecos Giramundo, e fazem parte da programação do Circuito Urbano de Arte (Cura).

O empreendedor John Hebert, de 38 anos, passou pela praça Raul Soares no domingo (13), e viu a finalização das obras. Entusiasmado, ele fez questão de voltar nesta segunda (14) para admirar o resultado.

"Gosto muito das manifestações culturais, e sem elas é muito difícil sobreviver no país que estamos. A cultura salva e liberta", pontua. Ele ainda conta que está sempre de olho nas novas ativações que acontecem em BH, e acredita que quanto mais forem propostas, melhor.

"Me chamou a atenção que tudo está muito colorido, são diversas artes, inclusive em volta da fonte, que é muito famosa na cidade. As manifestações culturais são ótimas, acho que nós precisamos de cada vez mais iniciativas em lugares como a praça Raul Soares. Quando pintaram as ruas aqui em volta, eu também vim ver e gostei muito", explica.

Sobre a obra

Inspirada pela cosmograma bakongo, nome do primeiro povo africano escravizado no Brasil, a companhia concebeu uma instalação que retrata os ciclos do universo, os movimentos do sol e as fases da vida humana como símbolo de recomeço – uma das bandeiras do Cura nesse momento de enfrentamento da Covid-19. 

"Num primeiro momento, não imaginava o que poderia ser. No lugar de decorar o lugar com bonecos que marcaram a nossa trajetória, tivemos a ideia de criar algo novo, relacionado com os temas dessa edição do Cura”, registra Mário.

Com quatro cabeças colocadas nos pontos cardeais da Raul Soares, ela representa “o retorno da vida cotidiana quando a pandemia acabar, com a volta às ruas”, segundo Mário Apocalypse. “São cabeças de crianças, cuja energia é representativa dos primeiros passos que serão dados para esse recomeço”.

Serviço

As obras instaladas na praça ficam expostas até 25 de fevereiro. Elas ainda vão dialogar com um segundo trabalho, que chegará ao local na quinta-feira (17), realizado pela multiartista Mag Magrela, com grafismos "que refletem os tempos difíceis de pandemia".

*Com Lucas Prates

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