” fará a sua estreia mundial neste domingo, às 11h, no palco do Sesc Palladium.

 é tema de uma rapsódia para piano e orquestra de cordas. O premiado pianista Cristian Budu é o convidado para “personificar” a lenda.

“Mehmari é um exímio pianista, um dos maiores que conheço. Ele usa recursos totalmente novos, como um assobio de verdade junto com o toque do piano, trazendo uma temperatura e ambiência diferentes”, observa.

Budu destaca que Mehmari é hoje um dos artistas brasileiros de maior projeção e impacto criativo.  “Temos vários gênios na história da música do país e eu o considero um dos vivos.  É uma incumbência de grande responsabilidade”, ressalta.

” ainda mais especial. “Composições contemporâneas precisam desse incentivo. O grande perigo que sofremos na música clássica é olhar apenas para o passado”.

Para Cristian Budu, é fundamental valorizarmos as raízes nacionais em toda a sua pluralidade. “O clássico é universal e carrega o que foi feito pelos europeus. É importante, mas não é o único”, analisa o solista.

O programa não terá apenas a estreia da composição de Mehmari. A primeira parte terá uma homenagem a compositores brasileiros que fizeram e fazem história por meio do piano, com apresentação de Budu.

Em concerto comentado pelo pianista, serão executadas as obras “Valsa de Esquina nº 5”, de Francisco Mignone; “Apanhei-te, Cavaquinho!”, de Ernesto Nazareth; e  “Impressões Seresteiras” e “Festa no Sertão”, de Heitor Villa-Lobos.

“Resolvi pegar um pouco da cena da virada do século no Brasil, daquele momento que Mario de Andrade define como pianolatria, de importantes produções para piano. Momento também que se tentava delinear a identidade cultural brasileira também na escrita musical para instrumentos como o piano”, explica.

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