Arte de graça

Parque Municipal de BH recebe mostra itinerante com obras de artistas consagrados

Vik Muniz é um dos artistas contemplados durante a exposição "Busão das Artes", de 5 a 29 de outubro

Da Redação
almanaque@hojeemdia.com.br
03/10/2023 às 16:44.
Atualizado em 03/10/2023 às 17:06
Busão das Artes vai expôr obras assinadas por nomes como Vik Muniz, Jaider Esbell, Piero Manzoni, Ricardo Carvão, Ricardo
Siri, Suzana Queiroga, Vivian Caccuri e Walmor Corrêa (Dani Gurgel)

Busão das Artes vai expôr obras assinadas por nomes como Vik Muniz, Jaider Esbell, Piero Manzoni, Ricardo Carvão, Ricardo Siri, Suzana Queiroga, Vivian Caccuri e Walmor Corrêa (Dani Gurgel)

Uma mostra itinerante no Parque Municipal, que fica no hipercentro de Belo Horizonte, vai levar ciências em artes visuais gratuitamente à população. Entre os dias 5 a 29 de outubro, obras assinadas por nomes como Vik Muniz, Jaider Esbell, Piero Manzoni, Ricardo Carvão, Ricardo Siri, Suzana Queiroga, Vivian Caccuri e Walmor Corrêa estarão expostas em dentro de um ônibus.

O "Busão das Artes" vai apresentar o universo de fungos, bactérias e vírus de forma interativa e lúdica a crianças e adultos. Um caminhão de 15 metros foi adaptado para receber experimentos interativos de abordagem científica e projetos de artes visuais.

 A expectativa é repetir os índices de visitação alcançados no Rio de Janeiro em 2021 e 2022 e São Paulo em 2023, que atenderam mais de 40 mil alunos e visitantes espontâneos.

Idealizado pelo curador e criador interdisciplinar Marcello Dantas, em parceria com o físico Luiz Alberto Rezende de Oliveira, um dos idealizadores e ex-curador do Museu do Amanhã, o Busão é um projeto realizado por Renata Lima, que dirige a Das Lima Produções, e a dupla Lilian Pieroni e Luciana Levacov, da Carioca DNA.

"O Busão das Artes nasceu da força de vontade da Carioca DNA e da Das Lima em educar, humanizar e sensibilizar, abordando dois temas urgentes e atuais: ciência e meio ambiente. Esse projeto acontece em praças e outros espaços públicos, gratuitamente, e está aberto a todos. Uma equipe capacitada de
mediadores e arte educadores irá atender e aprofundar os conteúdos apresentados. Procuramos sempre buscar qualidade de vida e tornar a cidade um ambiente vivo”, afirma Luciana Levacov, sócia da Carioca DNA.


A iniciativa apresenta duas vertentes: uma ambiental, que trata das bactérias e seu papel no ecossistema, e outra científica, abordando temas relacionados ao organismo humano. O  propósito do Busão é ampliar a compreensão do público sobre o universo, o corpo humano, as bactérias (tanto as benéficas quanto as perigosas) e a relação dos indivíduos com o meio ambiente. Tudo isso com instalações artísticas e interatividade, mostrando como as manifestações da vida biológica se relacionam com tudo que há no planeta. Quem guia o visitante por esse universo tão rico e pouco explorado está invisível aos olhos: fungos, bactérias e vírus.

Depois de Belo Horizonte, a mostra segue para Ouro Preto e Congonhas.

Sobre as obras

Cada artista levou um pouco de sua essência para contribuir com o projeto, propondo experiência visuais e sensoriais para o público:

“A vida vem da luz invisível — Os povos que moram no nosso corpo”
Obra de Jaider Esbell (1979-2021), indígena da etnia Macuxi, e mostra a interação entre fungos e bactérias – uma das mais antigascolaborações e competições da natureza.

“Merde Essenciel”
Criada por Piero Manzoni (1933-1963) e fala sobre o destino das fezes na natureza, ao tornarem-se um ambiente de nutrientes e bactérias que impulsionam novas vidas enquanto preservam sua identidade biológica. 

“Como conversar com árvores”
De Ricardo Carvão, é composta por esculturas de materiais reutilizados que mostram como as substâncias atravessam e se transformam dentro de cada célula do corpo, bem como nas árvores.

“Polonizando ideias”
Ricardo Siri traça um paralelo entre os humanos e as abelhas a partir da biologia e da essencial arte de polinização, permitindo que o ciclo reprodutivo das flores seja completado.

“Curiosar”
De Suzana Queiroga, traz uma experiência  tridimensional dos corpos se entrelaçando com camadas de culturas bacterianas em escala humana.

“Umbigos”
Mostra de Vik Muniz, com a mais completa biometria de um ser humano: a microflora do umbigo (mais identitária do que qualquer outra forma de tornar o indivíduo único).

“Sesmaria Soundsystem”
De Vivian Caccuri, é um sistema de som modelado puramente a partir de rapadura obtida da cana-de-açúcar, reinterpretando derivados da cana em mídia de reprodução de som que ecoam barulho das folhas da cana, das queimadas e dos insetos que gravitam em torno do material.

“Pikaia”
A instalação de Walmor Corrêa oferece a imagem do beijo imaginário da Pikaia gracilens - animal marinho extinto que viveu há 505 milhões de anos, no período Cambriano, na forma de cartazes e adesivos.

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