MÚSICA

Pato Fu comemora três décadas com concerto amanhã, em Inhotim

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
22/07/2022 às 07:58.
Atualizado em 22/07/2022 às 08:04
Banda mineira abre a turnê “Rotorquestra de Liquidificafu” ao lado da Orquestra Ouro Preto (Click Estúdios/Divulgação)

Banda mineira abre a turnê “Rotorquestra de Liquidificafu” ao lado da Orquestra Ouro Preto (Click Estúdios/Divulgação)

O Pato Fu sempre trilhou um caminho “fora do esquadro” e não seria agora, na comemoração de seus 30 anos, que a banda mineira faria algo diferente. Fundador, compositor e “faz-tudo” da banda mineira, John Ulhoa adianta que a sensação do público será de surpresa no concerto que acontecerá amanhã, às 16 horas, no Instituto Inhotim, em parceria com a Orquestra Ouro Preto.

Claro que a gente vai tocar as músicas conhecidas, mas lá estarão algumas canções malucas dos primeiros discos que não estavam em nosso repertório”, adianta. Entre elas, Ulhoa cita “Eu Sou o Umbigo do Mundo”, presente no álbum de estreia “Rotomusic de Liquidificapum”, de 1993. O nome do concerto,  , por sinal, é uma referência a esse trabalho.

O Pato Fu já tocou com orquestra anteriormente, mas será a primeira vez que realiza um show na íntegra. Outra novidade é que o grupo nunca deixou de usar bases eletrônicas em suas apresentações e, dessa vez, estará sem elas, oferecendo uma sonoridade diferente. “Os arranjos pensados para orquestra estão incríveis, com um resultado surpreendente”, elogia o fundador.

A escolha de canções mais “engraçadas e ousadas” vai surpreender até mesmo os fãs mais inveterados do Pato Fu, com um setlist que passará por toda a trajetória fonográfica, contada em 13 discos e cinco DVDs. Atualmente o grupo é composto por Fernanda Takai (voz), Ricardo Koctus (baixo), Xande Tamietti (bateria) e Richard Neves (teclados), além de Ulhoa, nas guitarras.

Ele não economiza nos elogios aos colegas da música erudita, dizendo ser “a parceria dos sonhos para um projeto assim”. Ulhoa ressalta que o trabalho não se limitou a criar arranjos para as músicas, traduzindo-se no “acréscimo de muita coisa que traz a marca da criatividade” da banda mineira. O fato de se apresentarem na parte da tarde também dará um ar inusitado ao concerto.

“É diferente, até porque a plateia está mais visível. O ambiente também será especial. Inhotim carrega uma beleza incrível, com um cenário natural/artificial chocante”, assinala. O concerto ao ar livre marcará o início da turnê de “Rotorquestra de Liquidificafu”, que passará por várias cidades mineiras – em Belo Horizonte, acontecerá em 14 de outubro.

A comemoração dos 30 anos não para por aí. Ulhoa fala de um “montão de coisas”, a começar pelo lançamento de singles entre agosto e dezembro. Sinal de um novo álbum em breve? Não necessariamente. “Já testamos muitas coisas diferentes e lançar um disco no estilo antigo, com dez, 12 músicas, pode não ser o caminho. Mas temos o dever moral de lançar algumas coisas novas”.

O grupo estaria “mais preocupado com o show comemorativo, mais centrado nesta experiência na estrada, do que fazer um álbum completo”. Haverá ainda a retomada da turnê de “Música de Brinquedo 2”, interrompida devido à pandemia, e participação em projetos audiovisuais. “A criatividade rola solta aqui”, avisa Ulhoa.

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