Priscila Fantin volta a Belo Horizonte com a peça baseada na obra de Molière

Patrícia Cassese/Hoje em Dia
05/09/2014 às 09:15.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:05
 (Divulgação)

(Divulgação)

Para a atriz Priscila Fantin, o principal trunfo da peça “A Besta”, com a qual volta a Belo Horizonte neste final de semana, é não tomar partido da discussão que está no bojo do texto, assinado pelo dramaturgo norte-americano David Hirson, a partir da obra de Molière.

“O próprio público (do espetáculo) fica com a questão (proposta pelos personagens) para amadurecer. Temos (em cena), de um lado, o teatro erudito, e, do outro, o palhaço de rua. E temos a patrocinadora, o capital, que se submete ao que o público (no caso, o do texto) quer. A saída talvez seja a busca do equilíbrio entre o acreditar no seu ideal e o dançar conforme a música”, analisa ela, que, no palco, personifica o capital como a Princesa que quer fazer valer a sua vontade sobre a nova montagem da trupe que, no caso, financia.

A história se passa em 1654, na França, na propriedade da citada princesa, patrocinadora de uma companhia de teatro dirigida por Elomire (Celso Frateschi), artista sério e respeitado. Ocorre que Valério (Hugo Possolo) cai nas graças da patrocinadora, e ela quer porque quer que ele se incorpore à trupe – o que é, de início, veementemente refutado por Elomire.

“Como mantenedora da trupe, a Princesa quer ver o público gostando das peças que são apresentadas”, diz Priscila. Para ela, a discussão da peça se dá quando o fator “novidade” – ou uma outra forma de enxergar as coisas – adentra, “enfrentando aquilo que já está estabelecido”.

Priscila frisa, ainda, o elenco, que, sob a batuta de Alexandre Reinecke, abarca, ainda, Iara Jamra, Ary França, Alexandre Bamba, Carol Mariottini, Daniela Mustafci, Fabek Capreri e Renan Duran. “Me encanta ver diferentes vertentes no palco”, diz a moça, referindo-se à presença de integrantes de grupos de ponta da cena teatral patropi, como o Parlapatões (no caso, Possolo) e o Ornitorrinco (França).

“A Besta” – Nesta sexta (5) e sábado (6), às 21h, no Teatro Bradesco (rua da Bahia, 2.244). Ingressos: R$ 70 e R$ 35 (meia). Classificação: 12 anos.

Informações: 3516-1360 teatrobradescobh.com.br

 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por