O nome escolhido por Raul Mariano para seu primeiro álbum não poderia ser melhor: “Pra Quem Está Vivo”, que será lançado neste domingo (5), no Sesc Palladium. Produzido por João Vasconcelos (ex-Los Porongas), o disco toca em questões da contemporaneidade e relações interpessoais, temáticas urgentes para “os vivos”. 

O músico e jornalista explica que o disco foi construído de forma despretensiosa, em meio a suas viagens a trabalho para São Paulo. O que era para ser apenas um EP, foi crescendo e se transformando em um projeto maior.

Raul chegava ao estúdio paulista Cambuci Roots com as músicas compostas em voz e violão e ali elas eram transformadas, com arranjos elaborados, que foram ganhando elementos especiais – como o clarinete de Juliana Perdigão em “O Mundo Era Outro Lugar”, por exemplo. 

“Gravamos as quatro primeiras canções partindo dos violões e inserindo pianos e outras vozes. Mas quando a coisa cresceu, resolvemos chamar mais músicos para engrossar o caldo. Aí não deu outra. Em pouco tempo o que seria um EP virou um projeto de disco cheio”, lembra Raul. 

Plural
A sonoridade caminha entre a MPB e o rock, com uma linguagem plural. “Minha única preocupação era que o disco soasse honesto. Que refletisse meu jeito de tocar, cantar e fazer música, sem camuflar minhas imperfeições. Isso porque muitos trabalhos podem acabar jogando contra o artista se houver uma vontade de soar moderno ou perfeito demais”, diz. 

Para que soasse plural, as referências também foram múltiplas. “Não buscamos nenhuma estética fixa desse ou daquele disco. Fomos deixando as canções mostrarem o que elas queriam mesmo. Mas pra citar alguns nomes, ouvimos muito o ‘RAM’, do Paul McCartney”.

Serviço:
Raul Mariano no Teatro de Bolso do Sesc Palladium (av. Augusto de Lima, 420), domingo (5), às 18h e às 20h. R$ 25

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