Renato Teixeira e Leopoldina se apresentam nesta quinta-feira

Elemara Duarte - Hoje em Dia
Publicado em 17/09/2015 às 07:32.Atualizado em 17/11/2021 às 01:46.
 (Carina Zaratin)
(Carina Zaratin)

Renato Teixeira brinca que a “Leopoldina” de quem já tinha ouvido falar anteriormente “é a princesa”. Talvez inspirado no conhecimento histórico é que a recepção do veterano músico (70 anos de idade e 45 de carreira) com a mineira Leopoldina, com quem divide o palco nesta quinta-feira (17), no Festival Meio de Campo, seja pura... nobreza!

“E gostaria que as pessoas fossem prestigiar. Na nossa profissão, a gente precisa da aprovação popular. Converso com uns veteranos que dizem ter visto a primeira apresentação do Chico Buarque, da Elis Regina. Isso traz uma empatia muito grande”, justifica.

Por isso é que este encontro inédito promete boas emoções aos súditos moradores do “reino” belo-horizontino. Claro que somente aqueles que aceitarem a proposta do compositor de “Romaria” – canção que não pode ficar de fora do show de logo mais, assim como “Tocando em Frente”, entre outros dons musicais do artista.

Quando tudo começou

Por meio da gravação de Elis Regina, “Romaria” marca o início da carreira deste cantor e compositor. “Mesmo antes de ela gravar, éramos muito amigos, ela ia para minha casa em Ubatuba. À época, gravei todas as minhas músicas para ela ouvir”.

O porquê de essa letra ter agradado mais à “Pimentinha” é o afeto de mãe. “Ela dizia que toda hora o Pedrinho (Pedro Camargo Mariano, filho da cantora) pedia a ela: ‘Põe a música do caipira’”, lembra Teixeira.

Mas Elis foi além. Gravou. E, desde então, a sofisticação se entendeu com a música sertaneja. E nesse processo, o nome de Renato Teixeira ganhou realeza e entrou para o imaginário de fãs e jovens músicos.

Orgulhosamente, a nossa Leopoldina (não a da Áustria) está nesse vasto grupo de influenciados. “Com suas canções, ele imprimiu na alma de uma cantora o caminho da música”, resume a artista, sobre o compositor de Taubaté (SP).

Dona de uma voz aconchegante e marcante, Leopoldina diz que a memória mais antiga que tem referente à música de Teixeira remonta ao interior – mais precisamente, a Campos Gerais, no sul mineiro, onde ela nasceu. “A gente ia para a roça pescar e meu pai sempre colocava, para a gente escutar. É uma obra que lembra as relações afetivas que tive, com meu pai, meus irmãos... Aquela alegria rural”, comenta.

Nesta quinta-feira (17), a cantora com nome de nobre será acompanhada por Maurício Ribeiro (piano, violão e escaleta) e Luiza Brina (contrabaixo e violão 7 cordas). Eles vão interpretar músicas do repertório dela, como “Pra Criar Menino”, “Sanfoneira”, “Um Carro de Bois”. Em mais este encontro inédito no Meio de Campo, eis um “rei” e uma “princesa” (ou arquiduquesa, imperatriz... ) da música honrando o mundo caipira em seus acordes e letras.

Renato Teixeira e Leopoldina – Nesta quinta-feira (17), às 21h, no Cine Theatro Brasil Vallourec (Rua dos Carijós 258, Centro, Praça Sete). Ingressos: 1º lote, R$ 20; 2º lote, R$ 25; e 3º lote R$ 30. Meia conforme a lei.

“AR” é o nome do CD de inéditas que Teixeira lança com Almir Sater neste ano – “A”, de “Almir”, e “R” de “Renato

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