Restaurado, documentário "Tostão – A Fera de Ouro" será exibido em Milão

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
25/11/2013 às 08:29.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:21

Tostão não se “vê” muito. Um do[/LEAD]s maiores jogadores do Brasil, ídolo cruzeirense e tricampeão na Copa do Mundo de 1970, o meia-atacante admite que faz algum tempo que não assiste a “Tostão – A Fera de Ouro”, documentário realizado por Paulo Laender e Ricardo Gomes Leite no auge de seu sucesso.

De estilo reservado, lembra que não precisou trabalhar “como ator”, fazendo o que sabe de melhor: exibir a habilidade com os pés. Foi assim que o filme registrou um dos seus melhores momentos, quando se tornou artilheiro das Eliminatórias de 1969, ofuscando o brilho de Pelé.
O resgate do longa, mais de 40 anos depois, não o surpreende: “Estamos às vésperas da Copa do Mundo”, afirma. A produção acaba de passar por um processo de restauração e é uma das atrações do 31º Circuito Mundial da Federação de Cinema e Televisão sobre Esportes (FICTS), em Milão, no próximo mês.

“Como sou cronista esportivo, existe muita curiosidade sobre o meu passado, especialmente dos jovens que não me viram jogar. E os mais velhos gostam de recordar os bons tempos”, destaca Tostão, hoje com 66 anos, ainda residindo em Belo Horizonte.

Pessoa Comum

O fato de ser, antes mesmo de Pelé, o protagonista de um docum[/LEAD]entário não lhe causa surpresa. “Estava jogando bem e na crista da onda. Os grandes jogadores eram muito requisitados e fui chamado para publicidade. Não tanto como hoje, em que há um grande marketing sobre os jogadores”, avalia.

O documentário exibe um jogador diferenciado, que gosta de ler e não se omite em suas opiniões, mesmo numa época de grande censura. “Mas não era um intelectual. Era uma pessoa comum. Sei que estava um pouco acima da média dos atletas, como o Paulo André (zagueiro do Corinthians), que tem conhecimento sobre as coisas”.

Tostão gosta mesmo é de falar sobre futebol, tanto o de hoje como o de ontem. Recorda que o Cruzeiro de 1966 era um time novo e que as duas goleadas no Santos, pela Taça Brasil, fizeram o clube ser conhecido dentro e fora do país. “Nos tornamos uma grande atração, excursionando no Brasil todo”, conta.

E o Cruzeiro de 2013? “A conquista do Campeonato Brasileiro foi, de certa forma, surpreendente. Não estava entre os favoritos, após contratar jogadores comuns. E o título foi facilitado porque não teve concorrentes”, observa.

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