(Heloísa Domingues/Divulgação)
Nos cinco anos em que estudou na Europa, Marcos Souza percebeu enorme interesse das companhias de dança em trabalhar com música ao vivo, improvisando. E decidiu trazer essa mesma ideia ao Brasil, onde percebeu interesse bastante assemelhado.
"Improvisos", o programa que o Sesc Palladium acolhe na noite desta terça-feira (17), é mais um projeto em que Marcos consegue juntar talentos da dança e da música no desafio de criar "sem roteiro, sem marcação e sem ensaio".
Fez isso, anteriormente, colocando em diálogo músicos e bailarinos do Balé Jovem, do Palácio das Artes; músicos e alunos de uma oficina de performance com atores do grupo Espanca!, em Inhotim.
O rol de profissionais envolvidos nesta noite é bem mais peso-pesado: junta as bailarinas Angel Vianna, Dudude Herrmann, Heloísa Domingues e Karina Souza. E ele mesmo, ao piano, o baixista Ian Vasconcellos e Maurício Tizumba, na percussão e vocais. A intenção é "ampliar a escuta dos bailarinos, a ligação dos músicos nos movimentos e esperar que rumo a coisa vai ter".
A bagagem que Marcos acumulou lhe diria que os envolvidos precisam ter convicção no que fazem, crer que o encontro não vai desandar em "viagem".
No mínimo, o espectador da sessão de hoje pode esperar a química afetiva pré-existente entre ele, Karina, sua irmã, e Angel, que utilizou músicas de Francisco Mário, pai dos dois, nos seus espetáculos e nos ensaios, na sua academia, no Rio de Janeiro.
Pianista, compositor de trilhas para cinema, Marcos Souza é diretor de produção da Filarmônica de MG e se beneficiou dos contatos para convidar outros artistas para mais sessões de improvisos, que ele imagina ter vida longa. O Palladium o apoia.