
Canções de grandes compositores e intérpretes como Milton Nascimento, Tom Jobim e Dorival Caymmi estarão na voz de João Bosco. O mineiro de Ponte Nova foi o escolhido para dar o tom da festa que ocorre neste domingo, a partir das 12h, no Parque Municipal. O motivo da comemoração é o aniversário do Sesc, que completou, neste mês, 70 anos de fundação. Serão mais de seis horas de programação gratuita.
Um piquenique cultural, com direito a food trucks, o roteiro inclui ainda apresentações da Orquestra de Choro Campineira, do Duo Finlandia, de Vitor Ramil e Marcos Suzano, do grupo Aldeia, de Jhê Delacroix, da Cia El Individuo, de Rodrigo Robleño e do grupo Girino.
Mais do que tocar e cantar, João Bosco, que também completou, neste ano, 70 anos de vida, espera mostrar no show o amor que nutre pela arte. Com mais de 40 anos de estrada e mais de 25 álbuns lançados, ele diz não ser capaz de se ver longe da música. “Não saberia nem o que fazer se a música não estivesse sempre comigo; não saberia projetar o meu dia, nem o meu presente, nem o meu futuro. Esse é o tipo de ofício que você não deslumbra uma aposentadoria”, afirma.
Incumbido de revisitar a música popular brasileira feita desde a criação do Sesc, o músico adianta que pincelou obras especialmente mineiras, cariocas e baianas – essa última, para representar a canção do Nordeste. “Para mim, estes são os pontos importantes de manifestação da música popular. Anexei também meu repertório pessoal, porque o público espera que eu toque músicas marcantes da minha carreira”, promete, citando “Corsário”, “Papel Machê”, “Jade” e “O Bêbado e a Equilibrista”, que fez junto com Aldir Blanc e ficou famosa na voz de Elis Regina.

Em construção
Desde 2009 sem lançar um disco de inéditas, Bosco conta que está preparando um trabalho completamente novo, ainda sem data certa de lançamento.
O artista está fazendo também um outro álbum, batizado de “Passagem de Som”, no qual irá reunir canções suas e de outros compositores. “No ano passado, fizemos em Inhotim o primeiro show desse projeto, quando tocamos para o público músicas que sempre se restringiram às passagens de som”, explica.
O disco é uma espécie de continuação de “Da Licença Meu Senhor”, de 1995, no qual contou com canções como “Expresso 2222”, de Gilberto Gil, e “Tico Tico no Fubá”, de Zequinha de Abreu, gravada por Carmen Miranda.
PARCERIA – O samba e o eletrônico de Suzano se unirá com a música de Ramil, que é ligada às tradições folclóricas
PROGRAMAÇÃO
Palco
12h: Conjunto Isto é Nosso
13h: Orquestra de Choro Campineira
14h: Duo Finlandia
15h: Vitor Ramil e Marcos Suzano
16h30: João Bosco
Contação de histórias
12h às 16h: Grupo Aldeia e Jhê Delacroix
Intervenções circenses
12h às 13h: Cia El Individuo
14h às 15h: Rodrigo Robleño
Teatro lambe-lambe
14h às 18h: Grupo Girino