Técnico Telê Santana será tema de série e filme

Paulo Henrique Silva
29/07/2019 às 19:11.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:45

Gênio. Pé frio. Teimoso. Exigente. Mestre. Sinônimo de futebol-arte. São muitos os adjetivos para definir o mineiro Telê Santana, único brasileiro apontado como um dos 50 melhores treinadores de todos os tempos pela revista “France Football”. 

A rica trajetória deste itabiritense que marcou o fim de uma era de ouro no futebol ao perder a Copa do Mundo de 1982 será contada na série “Fio de Esperança – Telê Santana”, prevista para ir ao ar quatro décadas depois da “tragédia” no Sarriá, em 2022.

Realizada por uma equipe mineira – o produtor Guilherme Fiúza e o roteirista e diretor Cristiano Abud – sob as bênçãos do Instituto Telê Santana, criado seis anos após a morte do treinador, em 2006, a série já está em fase de roteirização.

Ao Hoje em Dia, Fiúza adiantou que “Fio de Esperança” terá cinco capítulos, desde o sucesso como jogador do Fluminense até a ressurreição no bicampeonato mundial com o São Paulo, após ganhar fama de pé frio à frente da Seleção.

“Ele foi um grande técnico. Isso ganha força quando um treinador como o espanhol Pepe Guardiola diz que foi fã de Telê e que busca imitá-lo. Telê foi um grande armador de time, um pensador do futebol”, define Fiúza, que pretende fazer uma versão em longa-metragem da série.

“Depois de Telê, muita coisa mudou no futebol, agora mais objetivo, voltado para o resultado. Na Seleção havia uma grande alegria”, analisa o produtor. Para Abud, o treinador sempre batalhou pela melhor qualidade, destacando a importância de bons campos e centros de treinamentos.

Fundamental na história do Atlético, Telê levou o clube ao único título brasileiro de que dispõe, em 1971, e à semifinal da Copa União (1987). No Grêmio, em 1977, interrompeu sequência de oito conquistas seguidas do Internacional como campeão gaúcho. E no São Paulo finalmente levantou a taça de um Mundial– de Clubes, em 92 e 93.

“As discussões sobre futebol hoje em dia nos remetem a Telê, como sair jogando com a bola de trás. Cafu, capitão da Seleção de 2002, lembrou que não sabia cruzar e só aprendeu por insistência do Mestre”, assinala Abud.

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