MÚSICA

Titãs celebram 25 anos de disco acústico da MTV e apresentam novas canções no Palácio das Artes

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
28/10/2022 às 15:29.
Atualizado em 28/10/2022 às 17:58
Sérgio Britto, Branco Mello e Tony Belotto relembram, em versão acústica, grandes sucessos de uma das mais importantes bandas de rock do país e que está completando quatro décadas (Silmara Ciuffa/Divulgação)

Sérgio Britto, Branco Mello e Tony Belotto relembram, em versão acústica, grandes sucessos de uma das mais importantes bandas de rock do país e que está completando quatro décadas (Silmara Ciuffa/Divulgação)

A dois dias das eleições presidenciais, os Titãs sobem nesta sexta-feira (28) ao palco do Grande Teatro do Palácio das Artes envoltos numa grande tensão política, tema, aliás, sobre o qual o grupo nunca se furtou a se posicionar, seja nos shows ou na própria música. Grande parte do repertório, que comemora os 40 anos de uma das principais bandas de rock do país, traz um olhar retrospectivo sobre a nossa história.

“Os Titãs sempre tiveram essa característica de fazer uma crônica do seu tempo, né? Nossos discos sempre, de alguma forma, refletem o momento que a gente está vivendo no Brasil, no mundo e como indivíduos. É inevitável a gente encontrar nesses 40 anos de carreira um pouco - ou muito - do que acontece e aconteceu no Brasil”, analisa o guitarrista Tony Belotto.

Quando lançaram o disco “MTV Acústico”, em 1997, o país vivia um outro momento, com Fernando Henrique Cardoso na presidência e uma moeda tentando ficar novamente forte. Não se falava em esquerda e direita. As pautas eram mais propositivas. E a banda usufruía de um sucesso surpreendente, com o acústico vendendo mais de milhões de cópias.

Os 25 anos do álbum forram a apresentação de Branco Mello, Sérgio Britto e Tony Belotto - o trio remanescente da formação clássica (eram sete em 1997, após a saída de Arnaldo Antunes). Uma homenagem que carrega tudo o que o grupo viveu depois, além de outras músicas no formato acústico que não constaram da gravação ao vivo feita pelo canal MTV.

Personalidade
“O mote desse show era homenagear aquele show do Titãs, mas a gente queria achar um diferencial. Cada trabalho novo tem que ter a sua personalidade, ser uma coisa nova. E agora imaginamos um show que remetesse àquele, mas que fosse mais essencial, cru e intimista. Outra grande diferença é que agora contamos histórias também”, observa Belotto.

O trio intercala canções emblemáticas como “Homem Primata”, “Flores”, “Marvin”, “Família” e “Querem meu Sangue” com histórias da “carreira inteira, contando como algumas músicas foram compostas”, com a inclusão de “Epitáfio”, “Isso”, “Enquanto Houver Sol”, “Porque Eu Sei Que é Amor” e “Toda Cor”, acompanhadas de violões, piano, guitarra acústica e contrabaixo.

“Também vamos apresentar músicas do nosso novo disco, ‘Olho Furta Cor’, que é uma maneira de a gente mostrar que tem, sim, muito apreço pelo sucesso e pelas glórias passadas, mas nós dedicamos muito a fazer coisas novas. Para a gente tocar os velhos hits, precisamos continuar criando. É fundamental para o nosso funcionamento”, assinala.

Apesar das muitas saídas, o grupo é formado por “compositores que têm um amor profundo pela música, com uma compulsão para criar coisas novas e se superar a cada novo trabalho”, pontua Belotto. “Esse mistério da criação é o que permanece desde que a gente começou. Não sei que caminho seguiremos, mas lhe garanto que seguiremos caminhando”.

“Titãs Acústico” - Hoje, às 21h, no Grande Teatro do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1537). Ingressos: esgotados

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