Uma tonalidade mais ensolarada em ‘Euforia’

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
18/05/2015 às 08:59.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:04
 (Divulgação)

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“Ainda é possível supor que em toda dor more uma alegria e num momento de estiagem, não me falte a coragem de ser o que sou”. O refrão da faixa-título de “Euforia”, novo disco do paulista Pélico, mostra bem o tom otimista deste momento de sua carreira.

O amor continua a ser seu foco principal, mas se no disco anterior, “Que Isso Fique Entre Nós” (2011), os términos de relacionamento davam a tônica, aqui a visão é mais plural – amores possíveis, platônicos, nostálgicos, doentios ou cheios de beleza. Sempre prezando por arranjos que privilegiassem uma sonoridade mais solar do que já havia feito na carreira.

“‘Euforia’, na minha concepção, é uma das etapas pelas quais tenho passado na busca do equilíbrio pessoal e musical, e este disco acabou sendo um reflexo disso. É encarar as incertezas e dificuldades da vida pela ótica oposta à do medo, não ter receio de viver algo bom: e especialmente, como cito na música, nos momentos de estiagem manter essa coragem de ser o que sou”, afirma o artista, que dessa vez não quis limitar um conceito fechado. “Nesse disco, há o que mais gosto de fazer, cantar histórias”.

A principal diferença entre “Euforia” e os dois primeiros discos de Pélico – sua estreia foi em 2008 com “O Último Dia de um Homem sem Juízo” – está na forma com que o trabalho foi desenvolvido.

Coletivo

Dessa vez, a banda teve uma maior importância na criação dos arranjos. A produção foi de Jesus Sanchez (que já havia assinado o disco anterior) e um grande número de músicos foi envolvido na gravação, incluindo alguns destacados como Regis Damasceno “Cidadão Instigado) e Bruno Bonaventure.

“No ‘Euforia’, rolou uma participação muito grande dos músicos, muitos arranjos foram criados coletivamente, diferente dos anteriores. Gravamos boa parte do disco num formato ao vivo. Queríamos uma sonoridade vibrante e orgânica. Até mesmo nas canções minimalistas, procuramos a espontaneidade do ao vivo”, explica Pélico, que teve como principais inspirações para esse disco o álbum “Raça Humana”, de Gilberto Gil, e a obra de Mia Couto.

O cantor, que esteve em Belo Horizonte em duas oportunidades, garante que deve promover o lançamento de “Euforia” na capital mineira. Por enquanto, garantida mesmo está a turnê pelo interior de São Paulo.

Pélico já participou de alguns projetos especiais, como os tributos em homenagem a Los Hermanos e Ângela Ro Ro. Ele também estará presente na coletânea “Mil Tom”, dedicada a Milton Nascimento, interpretando “Paula e Bebeto”, com Bárbara Eugênia.
 

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