Uma viagem pelo tempo por meio das canções

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
06/05/2015 às 08:16.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:54
 (Divulgação)

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Não fosse por “uma quase gripe”, Ana Cristina não teria do que reclamar: nessa quinta-feira (7), ao apresentar, em show, o repertório de seu mais novo disco ao público, ela realiza um sonho cujo embrião pode ser localizado no ano de 1999. Sim, foi quando a virada para 2000 dominava rodas de conversa que ela acordou, certo dia, com um feixe de canções em mente, como num set list do inconsciente. O denominador comum: todas (algo em torno de 30!) versavam sobre o tempo. Os anos se passaram, projetos autorais se impuseram, e a moça deixou o projeto de registrar tais canções no estaleiro. Mas, bem, o desejo ficou ali, latente.

E desabrochou recentemente em um momento muito particular da vida da cantora: apesar de a aparência despistar, acredite, ela já é avó. “Quando Teresa nasceu, esse ciclo do tempo me veio muito forte à mente. Questões como o que é o tempo na vida da gente...”

O repertório de “Sobre o Tempo”, o disco citado no inicinho da matéria, viaja, pois, pelo passado, presente e futuro por meio de compositores consagrados e de diferentes épocas. “Tempo Rei”, de Gilberto Gil, é uma das pepitas garimpadas, assim como “Tempos Modernos”, de Lulu Santos, “Sentimental, de Chico Buarque, e, claro, da música de John Ulhoa que batiza o trabalho.

Parcerias

Para os que pensaram em “cover”, a resposta é um rotundo não. “Na-da de cover. Todos os arranjos foram refeitos. Claro, a gente procurou manter fidelidade à melodia e às letras, mas quis se afastar dos arranjos”, explicita ela, que, ao usar o plural, quis abarcar os músicos Cláudio Moraleida, Caio Gracco e Léo Pires em sua fala. Foram eles seus dois principais parceiros – mas, de maneira alguma, os únicos.

Muitos detentores de direitos autorais liberaram as canções para Ana Cristina: caso de Giuliano Manfredini, herdeiro de Renato Russo, com “Tempo Perdido”

O show que apresenta o repertório no Teatro Bradesco é meio que um presente a todos os que assentiram ao convite, feito nas redes sociais, para ajudá-la a viabilizar o projeto. Por partes: Ana Cristina não conseguiu captar tudo o que foi aprovado pelas leis de incentivo. Frente a despesas como o pagamento pela liberação dos direitos das músicas selecionadas, recorreu aos fãs. “Fiquei surpresa demais, positivamente falando”, diz, toda feliz, sobre o feedback.

Ana Cristina – Nesta quinta-feira, às 21h, no Teatro Bradesco (Rua da Bahia 2.244). Ingressos: R$30 (inteira). Fone: 3516-1360
 

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