MÚSICA

Vocalista do Detonautas faz tributo ao rock nacional no Underground Pub

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
03/06/2022 às 13:30.
Atualizado em 03/06/2022 às 13:58
Tico Santa Cruz toca músicas de Legião Urbana, Raul Seixas, Raimundos e Charlie Brown Jr. (Divulgação)

Tico Santa Cruz toca músicas de Legião Urbana, Raul Seixas, Raimundos e Charlie Brown Jr. (Divulgação)

Vocalista da banda Detonautas, Tico Santa Cruz se apresenta no Underground Pub nesta sexta-feira (3), dando continuidade ao seu tributo ao rock nacional. “São músicas de bandas que influenciaram a minha história, as minhas escolhas e a forma como eu vejo o mundo. O rock me representa”, assinala o cantor carioca.

No repertório estão canções de Legião Urbana, Raul Seixas, Charlie Brown Jr. e O Rappa, entre outras. O cantor lembra que, no caso de Raul, apesar de não ser um artista contemporâneo, ele teve o privilégio de vestir a capa usada pelo Maluco Beleza durante show feito no Rock in Rio, em 2013. “Fui uma das pessoas que tiveram essa honra”, destaca.

“O projeto é justamente para não deixar a chama se apagar. Vou estar sempre lembrando e, de alguma maneira, oferecendo para o público, especialmente às novas gerações, aquilo que a gente recebeu lá atrás e formou muito dos nossos valores e da forma de ver o mundo”, ressalta o cantor. 

Briga virtual
As músicas do Raimundos continuam no repertório, mesmo após o vocalista do Detonautas protagonizar uma briga virtual com Digão, líder do grupo. “Raimundos não é o Digão. Ele é apenas um integrante. Tenho um imenso carinho pela banda e pelo [baixista] Canisso, que é um irmão mais velho para mim”, pondera Santa Cruz.

“Jamais vou deixar de tocar a música de um artista com quem tenho uma relação por conta de um comportamento infantil. Minha relação com o Raimundo diz respeito à banda. Com a pessoa do Digão, não tenho absolutamente nada a declarar. Todo esforço que ele vem fazendo para conseguir algum tipo de visibilidade é fruto do fato de ele ser inexpressivo”, critica.

Santa Cruz sempre abordou questões políticas e sociais, mas tem feito um esforço para diminuir as investidas nestes assuntos ultimamente. “Já falei tudo o que precisava e não me vejo mais nesse papel. O medo que a classe artística tem de se posicionar reflete um problema grave no Brasil, que é a falta de respeito à opinião das pessoas”, lamenta.

Ele observa que, ao dar uma opinião sobre algo que uma pessoa não gosta, o artista pode sofrer sérios prejuízos financeiros e profissionais, relacionados a patrocinadores e fãs. “Eu sempre me posicionei porque é meu dever como cidadão. [Independentemente da profissão] É sempre bom debater, mas com argumento e respeito”.

O cantor salienta que as redes sociais sempre foram um espaço em que as pessoas se sentiram confortáveis para atacarem os outros. “À medida que foram se popularizando, o hate se tornou quase uma profissão para alguns, porque vão buscando, com isso, ter engajamento e chamar a atenção. Mas eu estou habituado porque estou na internet desde 1997. O nível que está hoje, porém, é doentio”, lamenta.

SERVIÇOTico Santa Cruz – Nesta sexta, a partir das 19h30, no Underground Pub (Avenida Itaú, 540, Dom Cabral). Ingresso: R$ 30, pela plataforma Sympla

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