Parceira há duas décadas, dupla se apresenta junta pela primeira vez em Belo Horizonte (Marcos Hermes/Divulgação)
Para Paulinho Moska, o show que realizará ao lado de Zélia Duncan, hoje à noite, no Grande Teatro do Palácio das Artes, “é um encontro verdadeiro”. Não só pelo fato de cantarem todas as músicas juntos, sem espaço para solos, como também por marcar a primeira vez que uma amizade e parceria musical de duas décadas se estende para o palco.
“Ela sempre me enviou letras/poemas maravilhosos e eu nunca tive dificuldade de musicá-los, justamente porque pensamos muito parecidos. Temos uma relação profunda com a poesia e com a música”, destaca Moska, para quem não poderia haver melhor momento para afirmar a relação e o posicionamento diante da vida, da liberdade e da união.
Zélia não fica atrás nos elogios. “Temos um amor mesmo de irmãos. Contamos um com o outro e temos muita confiança na parceria. Isso faz o par ser ímpar, acredito”, registra a artista, citando o título de uma música inédita da dupla, “Um Par Ímpar”. Moska explica que é “um jogo de palavras e sentidos porque, ao mesmo tempo que é um paradoxo, também significa uma ‘dupla singular, diferente’”.
Ele assinala que foi difícil definir o repertório e adianta até a possibilidade de fazer uma segunda parte com as canções que não entraram. “Nós somos fãs um do outro e adoramos cantar tudo junto. Ela escolheu algumas canções minhas e eu escolhi algumas dela, somando-as às nossas parcerias. Muitas que gostamos ficaram de fora... acho que vamos ter que fazer o ‘Volume 2’”, sugere.
O cenário criado por Antonio Bokel e o figurino de João Pimenta foram inspirados num detalhe no corpo que liga os artistas. “Fizemos duas tatuagens no mesmo dia, no mesmo local. São como espelhos de nossa alma, tatuagens gêmeas (bivitelinas)”, sublinha Moska, que, na época, apresentava uma série sobre ciência e arte e convidou a amiga para dar seu depoimento num dos episódios.
Eles optaram por lançar singles baseados no show – há 15 dias gravaram outra inédita, “Verdade na Fonte”, que deverá ser disponibilizada em janeiro. “A ideia é ir gravando devagar, gravando e lançando uma canção de cada vez durante a turnê, mas tudo pode mudar... talvez a gente se tranque uns dias num estúdio e grave tudo de uma vez. Por enquanto estamos assim”, afirma.
SERVIÇOPaulinho Moska e Zélia Duncan – Hoje, às 21h, no Grande Teatro do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1537). Ingressos: Plateia Superior – R$ 140 (R$ 70, a meia); Plateia II – R$ 160 (R$ 80, a meia); Plateia I – R$ 170 (R$ 85, a meia). Vendas na bilheteria do teatro e no site Eventim.
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