Reginaldo Diniz

‘Um dos casos de maior sucesso do futebol’, diz um dos responsáveis pelo 'Manto da Massa'

Angel Drumond
angel.lima@hojeemdia.com.br
Publicado em 02/10/2023 às 07:37.
 (Foto Original: Mineirão/Divulgação)

(Foto Original: Mineirão/Divulgação)

Na última semana, o Atlético lançou a quarta edição do “Manto da Massa”, um projeto que visa mostrar um pedaço da história de glórias do Galo em uma camisa escolhida pela imensa torcida. A edição de 2023 será em homenagem aos 10 anos da defesa de Victor contra o Tijuana. Os torcedores enviaram desenhos com sugestões do novo uniforme, e 13 finalistas foram escolhidos por uma comissão julgadora. Agora, irão para a votação popular. O resultado sai em 4 de outubro, às 13:13. 

Um dos responsáveis por esse sucesso de vendas da camisa é Reginaldo Diniz, cofundador e CEO da End to End, uma empresa que apresenta soluções para o ramo de esporte e para demandas de marcas e entidades esportivas. A End to End está com o Atlético desde o início do processo, em 2020. A iniciativa conseguiu vender 100 mil camisas em uma semana por três anos seguidos, gerando mais de R$30 milhões de lucro líquido para o Clube. Este ano a expectativa é ainda maior.

Além do “Manto da Massa”, a empresa também realiza um trabalho junto ao Galo na Veia e que tem gerado bons números. Durante a pandemia, o clube alcançou mais de 100 mil sócios-torcedores e teve um aumento de 250% de faturamento com o programa. Athletico-PR, Grêmio, Palmeiras, São Paulo, Santos, Fluminense, Botafogo, Vasco e América são outros clubes em que a empresa tem atuado com grandes resultados.

Reginaldo bateu um papo com o Hoje em Dia e contou sobre os projetos da empresa e o sucesso da parceria com o Atlético. O CEO também falou de como o nome do Rei Pelé se tornou palavra do dicionário brasileiro, uma ação que contou com a ajuda da Rede Globo e do Santos Futebol Clube. 

Como surgiu a ideia do Manto da Massa? E qual é o papel da End to End neste projeto?
O projeto surgiu na demanda do então presidente do Galo, Sérgio Sette Câmara, em trazer a torcida para perto no auge da pandemia. A End to End criou o conceito, campanha, tecnologia de captura de desenhos, votação e de meio de pagamento e toda régua de sustentação baseado em escassez e 100% gamificada. A End to End é a criadora de todo projeto que foi aprovado pelo clube e é sucesso de engajamento e vendas há 4 anos.

O Manto da Massa já é um projeto consolidado, existindo desde 2020. A ideia é que ele continue por mais alguns anos? Como fazer para que ele se mantenha atrativo? Quais pilares são trabalhados?
Estamos no quarto ano de campanha e a audiência só aumenta, bem como o volume de vendas. Acreditamos que o Manto da Massa é uma propriedade comercial relevante e rentável do clube e já faz parte do calendário de ativações e de conexão da torcida. Cabe ao clube sempre manter ativo o projeto conforme desenhado e sempre com inovações a cada nova edição.

Em 2022, mais de 120 mil unidades foram vendidas. Para 2023, a expectativa é superar esse número? Vocês já têm uma meta definida?
Desde o primeiro Manto da Massa o projeto surpreende com os volumes de vendas e supera nossas expectativas. Este ano, além de homenagear os 10 anos da conquista da Libertadores, também homenageia um de seus grandes ídolos, o goleiro “São” Victor. A expectativa é boa, mas quem define o sucesso do projeto é sempre a vontade da massa atleticana.

Na atual temporada, o tema será a defesa do Victor contra o Tijuana. Como tem sido a participação e o feedback da torcida? É possível abrir algum número em relação às sugestões recebidas em cada ano do projeto?
Em menos de 24 horas do início da votação para escolha da camisa, tivemos mais de 40.000 votos. Pela projeção, cada voto pode ser equivalente a 1,5 camisas vendidas. A adesão e a repercussão fazem jus à importância do título e do atleta que estão marcados na história do clube e agora eternizados em uma camisa colecionável e com excelentes opções dentre as 13 finalistas.

Vocês também fazem um trabalho junto ao Galo na Veia. Quando começou essa parceria e quais os principais benefícios que ela já trouxe para o clube?
Estamos no Galo desde 2019 com um trabalho voltado à redução de inadimplência e chargebacks de ingressos. Assumimos a gestão do GNV com pouco mais de 20.000 sócios e conseguimos a marca de 139.000 ocupando a primeira posição no ranking de maiores programas para sócio-torcedor do país. Mantivemos a média nos últimos anos na casa de 80.000 sócios ativos e com um aumento significativo de ticket médio e receitas recorrentes. É um dos casos de maior sucesso do futebol brasileiro e isso nos orgulha muito.

Na parte prática, como funciona o trabalho da End to End com os sócios-torcedores do Galo? Quais são as atribuições da empresa?
Somos a agência criativa e de inteligência do programa. Todas as campanhas de ativação, retenção, adesão e de engajamento são criadas e desenvolvidas pela End to End. Entregamos vídeos de lançamento, planejamento de comunicação e gestão das redes sociais do GNV, que assumimos com pouco mais de 5.000 seguidores e hoje temos mais de 220.000 que estão ativos no Instagram do programa, adquiridos de forma 100% orgânica. É um trabalho consistente e de muitas entregas ao longo desses anos.

Ao longo da trajetória da agência, vocês fizeram ações marcantes, de grande alcance. Uma delas foi a questão de colocar Pelé no dicionário. Conseguiria resumir brevemente como ela foi pensada e quais resultados foram atingidos?
Ela nasce nas resenhas de apaixonados por esportes e futebol que invariavelmente apostam quem é o Pelé da respectiva modalidade. O Pelé do automobilismo: Airton Senna; do basquete: Michael Jordan; da natação: Phelps, e assim por diante. A ideia foi criada em parceria com a Rede Globo e seu canal de esportes, o SporTV. Criamos toda a campanha e processo de certificação com o dicionário Michaelis, a Pelé Foundation e o apoio do Santos Futebol Clube, para legitimar no dicionário o sinônimo de excelência naquilo que se faz. Pelé no Dicionário é esse verbete que ficará eternizado como uma ação criada e desenvolvida pela End to End e pelos Canais SporTV, para sempre.

Como agência que atua no mercado esportivo, vocês acreditam que os clubes, especialmente os mineiros, têm conseguido se relacionar bem com os torcedores? Há muita coisa que precisa ser melhorada?
Não só os clubes mineiros, mas a maioria fala bem com a torcida, mas nem sempre tão bem com seu torcedor. Existem diversos tipos de consumidores e devem ser tratados de acordo com as suas necessidades, motivações e expectativas. Existem os torcedores de arquibancada, os que compram camisas de jogo e colecionáveis todos os anos, os apenas de TV aberta ou de pay-per-view ou até mesmo entusiastas fãs de finais e jogos importantes. O fato é que conectar os diferentes consumidores é um desafio que a End to End consegue auxiliar os clubes com sucesso e já é uma realidade que pode e deve ser cada vez mais explorada. Os clubes estão evoluindo e a gente consegue turbinar essa evolução.

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