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Erros de Lacerda e de Délio travam reação na reta final

Publicado em 23/09/2016 às 21:40.Atualizado em 15/11/2021 às 20:57.

Muito já se falou dos erros anteriores do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), que o levaram ao isolamento político e a ter que recorrer à candidatura a prefeito de seu vice, Délio Malheiros (PSD), de quem não era aliado, para não ficar de fora desta eleição. A história já é conhecida. No último dia de registro de candidaturas (5 de agosto), Lacerda abandonou o seu preferido, o executivo Paulo Brant (PSB), por não ter conseguido fazer o dever de casa (alianças partidárias), e abraçou a de Délio, que, antes, tentou inviabilizar. Ou seja, um recomeço desastroso e de conveniência para os dois.

A partir daí, coube ao próprio Délio cometer dois erros, de comunicação e de estratégia política. No início da campanha, com horário gratuito de televisão e rádio, o candidato insistiu em vincular-se ao prefeito e à sua gestão, fazendo mais a defesa deles em vez de apresentar a si mesmo. Quando se desgarrou dessa fase, passou a atacar o segundo colocado na disputa já que o primeiro estava mais distante.

Como já disse aqui, o alvo estava equivocado. Délio não tem como tirar intenção de votos do candidato do PHS, Alexandre Kalil, porque seu eleitor tem perfil diferente. O de Kalil é o revoltado, indignado e insatisfeito com a política e os políticos; o eleitor de Délio é semelhante ao do candidato do PSDB, João Leite. Se ele tira de Kalil, esse eleitor vai para outro, talvez, a abstenção, que é o espaço de quem não acredita em ninguém.

A insatisfação do eleitorado é generalizada e há uma espécie de nivelamento por baixo. Délio e sua trupe já sentiram isso de perto, quando eleitores se negaram a pegar na mão ou a receber o material de campanha. 

Outro dia, um servidor abordou o prefeito, no centro da cidade, queixando-se de uma medida administrativa que afetou seu direito e de outros. Em vez de audiência ou interesse, recebeu conselho para entrar na Justiça se se sentia lesado. 

Agora, a uma semana da eleição, é bom manter a fé na difícil recuperação, como já aconteceu em outras eleições. Porém, em um quadro como esse, pulverizado em 11 candidaturas, somados aos erros, corre-se o risco de sair menor do que entrou.

Ambição tucana
Incentivado pelos números de pesquisas e pelo clima de otimismo, o tucano João Leite decidiu antecipar todas as gravações (tevê e rádio) da última semana de campanha, para dedicar-se ao corpo a corpo. Disse que, além dos três debates na TV, vai andar pela cidade para esforço na reta final. Sua ambição é somar mais 8,5 pontos para vencer e liquidar a fatura no dia 2. Segundo o instituto Ver, Pesquisa e Estratégia (registro MG08894/2016, no TSE, de 17 e 18 deste mês), João Leite tem 41,6% de intenção dos votos válidos (excluídos brancos e nulos).

Nova modalidade de prisão
Mais uma vez, é preciso perguntar a razão para prisão ou condução coercitiva, da Operação Lava Jato, para colher depoimentos de suspeitos de envolvimento em desvios. Tivemos nessa sexta (23) outro caso, do secretário da Casa Civil, Marco Antônio Resende, um dia depois da desastrada operação sobre o ex-ministro Guido Mantega. Se a temporária ou preventiva evitaria a desordem pública ou obstáculos às investigações, o que mais os suspeitos poderiam fazer, a essa altura, que ainda não fizeram?

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