"Balança pendeu para acusação", declarou Quaresma confirmando que irá recorrer da sentença

Renata Evangelista e Ana Clara Otoni - Hoje em Dia
28/04/2013 às 00:01.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:13

O advogado Ércio Quaresma confirmou que irá recorrer, nos próximos dias, da condenação do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", sentenciado a 22 anos de prisão. "O que foi feito aqui hoje é Justiça, mas a balança pendeu para a acusação, assim como naquele júri pendeu para a defesa", declarou. Ele fez referência ao julgamento do carcereiro Rogério Martins Novelo, do qual seu cliente foi acusado de homicídio, mas absolvido do crime. Ele informou que já está manejando recursos para explicar as razões de sua decisão. Dentre elas, o defensor argumentou, está o fato de três dias antes do julgamento e durante a sessão, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) ter concedido liminares em favor de seu cliente. Uma foi para ampliar o tempo de vídeo e outra para aumentar o período para alegações iniciais. "Isso mostra que as decisões da magistrada macularam os trabalhos do julgamento".   Quaresma continua negado, veementemente, que "Bola" matou Eliza Samudio. "A certeza que temos é que o Marcos chegou para nós desde o início negando o crime. Na rua Araruama fato algum aconteceu e a perícia comprovou isso", disse.   Mais uma vez o advogado declarou que houve acordo entre acusação e defesa no julgamento do goleiro Bruno Fernandes de Souza e de seu amigo Luiz Henrique Romão, o "Macarrão". Contudo, ele acredita que o fato do atleta ter delatado seu cliente não foi determinante para sua condenaçção. "Eu coloco sua cabeça na quilhotina e diminuo seu sofrimento", falou sobre o suposto acordo.   Dúvida   Sobre a leitura das peças, que durou mais de onze horas, Quaresma informou que não selecionou vários documentos com intenção de cansar os jurados, mas porque foi necessário.   Ele considerou que o Conselho de Sentença julgou sem conhecer a verdade sobre os fatos. "E se um desses confessa? Como fica meu cliente?", questinou se referindo aos ex-policias José Lauriano de Assis Filho, o "Zezé", e Gilson Costa. Os dois estão sendo investigados em um inquérito complementar por participação no assassinato.

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