Corregedor da Polícia Civil diz que "Bola" é investigado por duplo homicídio

Renata Evangelista e Thaís Mota - Hoje em Dia
23/04/2013 às 19:42.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:05

  O corregedor da Polícia Civil de Minas Gerais, Renato Patrício Teixeira, disse em depoimento na tarde desta terça-feira (23) que Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola" é investigado por duplo homicídio cometido por policiais do Grupo de Resposta Especial (GRE) em maio de 2008. Na época, o acusado treinava o grupo nas dependências de seu sítio em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), mas já teria sido expulso da corporação por indisciplina.    A declaração do corregedor coloca em cheque a estratégia da defesa de "Bola", que tentou desqualificar as denúncias que apontam o réu como suspeito do duplo homicídio durante o depoimento do deputado Durval Ângelo. O parlamentar afirmou que recebeu informações sobre o crime por meio de um homem que teria presenciado a morte das vítimas, mas esta testemunha não teria citado o nome de "Bola". Além disso, Durval afirmou que nenhum vestígio de DNA foi encontrado na propriedade do ex-policial civil, conforme laudo do Corpo de Bombeiros.   Em relação à última declaração do deputado Durval Ângelo, o corregedor da Polícia Civil esclareceu que foi encontrado sangue na propriedade de Marcos Aparecido dos Santos mas em quantidade inferior à necessária para a realização de exames de DNA, que poderiam identificar se pertencia aos homens mortos pelo GRE.    Renato Patrício disse também que "Bola" foi exonerado na Polícia Civil por omissão de informações. Segundo o corregedor, ele não teria informado ao órgão que foi recusado pela Polícia Militar de Minas e São Paulo por falta de idoneidade. No entanto, o acusado continuava a utilizar roupas do GRE e realizava treinamentos aos policiais em propriedade particular cedida por ele.    Além de "Bola", Renato Patrício afirmou ainda que os delegados Edson Moreira e Júlio Wilke também são investigados pela corregedoria. Segundo ele, o objetivo é apurar se houve conduta irregular das autoridades policiais durante as investigações sobre a morte de Eliza Samudio. O delegado Edson Moreira foi acusado pelo goleiro B   Renato Teixeira foi arrolado como testemunha de defesa do réu Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola" e chegou a ser dispensado pelo advogado Ércio Quaresma. No entanto, o corregedor foi interrogado porque um dos jurados manifestou interesse em ouví-lo e o defensor de "Bola" acabou voltando atrás. Ele foi a quarta testemunha do processo a ser ouvida desde o início do julgamento. 

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