Promotor garante que, apesar de manobras, julgamento não será anulado

Renata Evangelista - Do Portal HD
20/11/2012 às 22:56.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:27
 (Carlos Roberto)

(Carlos Roberto)

O promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro garantiu que em nenhuma hipótese o julgamento do goleiro Bruno Fernandes de Souza será anulado. Além do atleta, também estão em júri a ex-mulher dele, Dayanne Rodrigues do Carmo, e Luiz Fernando Romão, o "Macarrão", apontado como braço direito de Bruno.
 
A declaração foi dada após o representante do Ministério Público (MP) ser questionado pelos jornalistas se a manobra do goleiro, de destituir seu advogado poderia prejudicar os rumos do julgamento. "Muito perceptivelmente a defesa do Bruno foi tomada de surpresa. Penso que esta estratégia partiu exclusivamente do próprio acusado com sua índole manipuladora", disse.
 
Segundo Henry Wagner, Bruno não desejava ser julgado para ser beneficiado caso "Macarrão" fosse absolvido neste julgamento. Mas o promotor garantiu que tem provas suficientes para condenar todos os réus.
 
"O que facilita o trabalho da promotoria de justiça não é quem está defendendo os réus, mas o trabalho sério do Ministério Público na defesa da sociedade no conhecer, sobretudo, das provas do processo", afirmou o promotor sobre a escolha do novo defensor do atleta.
 
Ainda na opinião de Henry, que concedeu entrevista após o segundo dia de julgamento, o depoimento de Jaílson Alves de Oliveira foi extremamente relevante. A testemunha apontou que os acusados Bruno e "Macarrão" têm envolvimento com o narcotráfico, principalmente na região de Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte.

Confissão satisfatória

 Além disso, o promotor avaliou como satisfatória a confissão de Jaílson, que confirmou que ouviu do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", que o corpo de Eliza foi queimado e jogado para os peixes. "Ele não é santo, é uma pessoa que está presa, mas seu depoimento não pode ser desqualificado", disse Henry, se referindo à atuação dos advogados de defesa.
 
O representante do MP falou ainda sobre o pedido de impugnação das seis testemunhas da defesa que foram flagradas com celular durante o julgamento, o que é proibido. Segundo ele, um assistente da juíza Marixa Fabiane Rodrigues flagrou Elenilson Vitor da Silva fazendo uso do aparelho. Após revista no hotel onde as testemunhas estão retidas, foram apreendidos outros celulares com outras testemunhas.
 
"Espero que elas (testemunhas) não sejam inqueridas em juízo. Se forem ,que sejam ouvidas sem a tomada de compromisso com a verdade", disse.

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