Belo Horizonte sofre com excesso de propaganda eleitoral

Hoje em Dia
04/10/2014 às 08:29.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:27
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), desembargador Geraldo Augusto de Almeida, revelou nessa sexta-feira (3) que são recebidas mais de 100 reclamações por dia, que vão desde pessoas que escorregam e caem ao pisar na infinidade de folhetos espalhados pelas calçadas e ruas da cidade até brigas de cabos eleitorais e de torcidas, em dias de jogos, que usam como armas os cavaletes, que se multiplicam por todos os cantos com imagens de candidatos.

“Há também o problema, que tememos, da possibilidade de chuva a partir deste fim de semana, com essa papelada toda e esse entulho entrando pelos bueiros e inundando bairros e ruas”, acrescentou o desembargador, que lamenta o fato de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter proibido os cavaletes somente a partir das eleições de 2016.

“O meu entendimento é inteiramente contrário, não se pode esperar dois anos para resolver essa situação”, comentou.

Para o coordenador das Promotorias Eleitorais do Ministério Público de Minas Gerais, promotor Edson Resende, o problema dos cavaletes é realmente tormentoso. “A legislação eleitoral, lamentavelmente, ainda permite a colocação dos cavaletes nas vias públicas, mas faz a condição de que não atrapalhem o andamento do trânsito de pedestres e de veículos. Infelizmente, não é isso que vemos em todos os lugares”, disse.

As denúncias e multas para as propagandas irregulares em bens públicos, que preveem pagamento de R$ 2 mil a R$ 8 mil, devem ser analisadas, se for o caso, só depois das votações. Somente em Belo Horizonte, cerca de 2.500 cavaletes foram recolhidos, a maioria no horário das 22h às 6h, quando estão proibidos em qualquer espaço público.

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