Leia a análise do debate do colunista Orion Teixeira

Orion Teixeira*
25/10/2014 às 14:02.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:46

O confronto no campo político, sem ofensas ou ataques pessoais, não impediu que os candidatos finalistas Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) dessem ao último debate tom mais propositivo e programático. Muito provavelmente, pela presença de eleitores, categorizados com indecisos, de acordo com o Ibope, eles tiveram que dedicar dois blocos a temas da vida do cidadão e adequar suas propostas de governo às respostas solicitadas.

Nenhum dos dois perdeu a linha ou o equilíbrio diante do opositor, até mesmo nos temas mais ácidos e críticos. Apesar do acirramento, os candidatos mantiveram a linha crítica aos modelos que um e outro representam.

Imediatamente após o cordial boa noite e troca de cumprimentos, o tucano Aécio Neves abriu logo a caixa de ferramentas sobre Dilma ao perguntar-lhe sobre a capa da revista Veja, que tensionou o último dia de campanha com a suposta denúncia do envolvimento dela e do ex-presidente Lula com o esquema de desvio de recursos da Petrobras. Como era de se esperar, ela reagiu com indignação à pergunta e à denúncia, classificada por ela como caluniosa.

A candidata à reeleição também foi ao ataque quando cobrou solução e respostas para os escândalos do governo tucano Fernando Henrique, citando-os um a um e reafirmando o que disse em outras ocasiões: “estão todos soltos”. Pela primeira vez, o tucano expôs a rival e seu partido ao mensalão petista, afirmando que ambos tratavam os condenados como heróis. A petista replicou, afirmando que a prática tucana era de não investigar ou de engavetar as denúncias contra seus partidários, citando, nesse caso, o mensalão tucano mineiro.

(*) Colunista político do Hoje em Dia

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