Último treinador a passar um ano no Galo, se voltar, Cuca terá torcida como aliada e muitos desafios

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
09/02/2018 às 14:38.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:14
 (Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)

(Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)

O diretor de futebol do Atlético, Alexandre Gallo, revelou nesta setxa-feira (9) que até a próxima terça-feira (13) estará definido o treinador que substituirá o demitido Oswaldo de Oliveira. E se for confirmado o retorno de Cuca à Cidade do Galo, o clube terá no comando o último técnico a conseguir passar um ano inteior à frente da sua equipe principal.

A preferência por Cuca, numa disputa com Abel Braga, ficou evidente quando Alexandre Gallo definiu que o perfil tático esperado pela diretoria é de um time agressivo, que jogue para cima dos adversários, estilo implantado justamente por Cuca e que só conseguiu ser repetido por Levir Culpi, que hoje está no futebol japonês.

Contratado no final de 2011, quando salvou o Atlético do rebaixamento, Cuca comandou o time em 2012 e 2013, quando venceu a Libertadores, mas anunciou sua saída na véspera da estreia no Mundial de Clubes, no Marrocos. Ele foi trabalhar no futebol chinês.

A partir da saída de Cuca, o Galo viveu uma verdadeira ciranda de treinadores, com oito nomes comandando o time entre 2014 e 2017, com as trocas de técnicos sendo a maior característica do mandato de Daniel Nepomuceno, a quem Sérgio Sette Câmara substituiu em dezembro último.

Em 2014, o Atlético começou o ano com Paulo Autuori, mas logo ele foi substituído por Levir Culpi, que ficou conquistou a Copa do Brasil e ficou até mo final de 2015, mas saiu na reta final do Brasileirão por se desentender com Nepomuceno.

O Galo iniciou 2016 com Diego Aguirre no comando, mas a eliminação na Copa Libertadores o derrubou. Chegou Marcelo Oliviera, demitido entre as duas partidas decisivas da Copa do Brasil, perdida para o Grêmio.

O ano passado foi o mais desastroso nesse aspecto. Roger Machado foi a grande aposta atleticana, mas caiu ainda no final do turno do Brasileirão. Rogério Micale o substituiu e a decisão foi desastrosa. Oswaldo de Oliveira chegou num momento em que a briga contra o rebaixamento era uma realidade e quase chegou à Libertadores.

Por isso, foi mantido, pois segundo o presidente Sérgio Sette Câmara, o  aproveitamento do time com ele na reta final do ano passado foi muito bom. O início ruim de temporada em 2018 faz de Oswaldo mais uma vítima da ciranda de treinadores atleticanos, uma marca que parece insistir em permanecer na Cidade do Galo. Agora, se for confirmada a chegada de Cuca, a expectativa é de que ela seja interrompida.

DESAFIOS
Além de conseguir o que Oswaldo de Oliveira não foi capaz de fazer, que é dar padrão de jogo ao time do Atlético, Cuca, se voltar à Cidade do Galo, vai reencontrar três jogadores que no ano passado viveram momentos ruins com ele no Palmeiras.

Principal reforço do clube, o meia-atacante Roger Guedes, depois de brilhar em 2016, viveu um 2017 de baixa no Palmeiras e por isso foi emprestado ao Atlético, numa troca pelo lateral-direito Marcos Rocha.

Outro que não conseguiu um grande 2017 no Palmeiras foi o atacante Érik, autor do gol salvador em Rio Branco que garantiu a classificação do Atlético à segunda fase da Copa do Brasil.

O volante Arouca também veio do Palmeiras e praticamente não jogou em 2017, mas por questões médicas. Este ano está conseguindo uma regularidade de presenças no Atlético.

A favor de Cuca está o fato de a torcida ter o treinador como ídolo. Ano passado, por exemplo, na partida entre Atlético e Palmeiras, no Independência, pelo Brasileirão, ele foi ovacionado pela Massa quando se dirigia ao banco palmeirense. Isso é prova de que pelo menos paciência haverá com ele, algo que Oswaldo de Oliveira não conseguir desfrutar quase em momento algum da sua passagem pela Cidade do Galo.

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