Ásia intensifica investigações contra Bin Hammam

AE-AP
06/08/2012 às 08:54.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:12

O ex-diretor do FBI Louis Freeh foi acionado nesta segunda-feira pela Confederação Asiática de Futebol (AFC, na sigla em inglês) para ajudar na investigação de corrupção sobre Mohamed bin Hammam, presidente suspenso da entidade, em um sinal de que a apuração está se intensificando.

Presidente em exercício da AFC, Zhang Jilong apelou às 46 federações para que cooperem com as investigações sobre as acusações de que Bin Hammam enriqueceu a si e seus familiares, além de ter recompensado seus apoiadores com dezenas de milhares de dólares em dinheiro, entre outras irregularidades. As acusações foram feitas em uma auditoria interna que resultou em uma suspensão provisória do dirigente por 30 dias no mês passado.

A suspensão aconteceu três dias antes da Corte Arbitral do Esporte cancelar o banimento por toda a vida imposto pela Fifa a Bin Hammam em um outro caso, em que ele foi acusado de tentar subornar os eleitores durante a campanha presidencial de 2011, quando tentava suceder Joseph Blatter.

"Gostaríamos de salientar que é fundamental que o Grupo Freeh receba apoio incondicional e sem reservas e cooperação de todos os dirigentes da AFC, órgãos e membros associados", disse Jilong, nesta segunda-feira, em um comunicado. "Os processos atuais não são incriminatórios ou para desacreditar certas pessoas, mas visam estabelecer a verdade e, em uma escala mais ampla, assegurar a integridade e os interesses do futebol sob jurisdição da AFC".

Bin Hammam não se pronunciou sobre as últimas acusações, mas seu advogado declarou que elas fazem parte de uma estratégia da Fifa para bloquear seu retorno ao mundo do futebol. Uma auditoria, elaborado pela empresa PricewaterhouseCoopers, que foi apresentada em 13 de julho, apontou uma série de irregularidades.

Entre elas, estão acusações de que o catariano recebeu milhões de dólares de pessoas físicas ligadas aos contratos de AFC durante seu mandato, que começou em 2002, e gastou recursos em diversos itens pessoais, tais como uma lua de mel e um tratamento odontológico para seu filho, além de ter feito pagamentos em dinheiro para sua família. Além disso, há acusações de irregularidades em contratos e distribuição ilegal de recursos para dirigentes.
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