
Não existe lista com os maiores nomes da história do futebol de Minas Gerais sem que ela tenha nas primeiras posições Procópio Cardozo Neto. Seja como zagueiro ou treinador, o mineiro de Salinas, que comemora 82 anos neste domingo, construiu uma grande trajetória de quase meio século no mundo da bola.
São dezenas de grandes momentos vividos por Procópio dentro e fora de campo pelos nossos clubes e estádios. Mas o Hoje em Dia seleciona dez deles, que juntos provam definitivamente o tamanho da história construída por ele.

Com Zózimo e Armando Marques, Procópio foi o capitão da Seleção Mineira campeã brasileira de 1962, numa final contra o poderoso e favorito time da Guanabara
1 – 1959
Com apenas 20 anos, Procópio é o xerife do time do Cruzeiro que encerra um jejum de 14 anos sem o título mineiro de forma isolada, pois a conquista de 1956 foi dividida com o Atlético, que tinha escalado um jogador de forma irregular na decisão direta entre eles.
2 – 1961
O Cruzeiro conquista o terceiro tricampeonato mineiro da sua história, uma conquista que significou o início de uma nova era para o clube. E Procópio era o líder daquele time.

3 – 1962
Cedido pelo São Paulo, Procópio defende o Atlético e se transforma num dos destaques do time que conquista o Campeonato Mineiro numa final direta contra o Cruzeiro, impedindo o rival de ganhar o primeiro tetracampeonato da sua história.

4 – 1963
O Campeonato Brasileiro de Seleções de 1962 só termina em janeiro e fevereiro do ano seguinte. Procópio é o capitão e gran de líder do time de Minas Gerais que conquista a taça batendo nos dois jogos da final a Guanabara, que contava com craques como Castilho, Zózimo, Altair, Gérson, Joel e Dida.
5 – 1965
O primeiro jogador mineiro e vestir a camisa da Seleção Brasileira no Mineirão é Procópio. Como parte das festividades de inauguração do estádio, é disputado um amistoso entre Brasil e Uruguai em 7 de setembro de 1965. O Palmeiras, clube que o zagueiro defendia, veste a camisa amarela e vence por 3 a 0, com ele entrando em campo no lugar de Valdemar Carabina.
6 – 1966
Depois de rápida passagem pelo Atlético, após deixar o Palmeiras, Procópio é contratado pelo Cruzeiro para a disputa da Taça Brasil de 1966. Volta a forma com William a dupla que já tinha brilhado no Galo e na Seleção Mineira. E os dois são fundamentais na conquista da primeira competição nacional por um clube mineiro, numa final em que a Raposa atropela o poderoso Santos, de Pelé.

Em 1966, Procópio formou mais uma vez com William a maior dupla de zaga da história do futebol mineiro
7 – 1977
Já como treinador, ele assume o Cruzeiro durante a decisão do Campeonato Mineiro contra o Atlético, que tinha vencido a primeira partida, embora no banco de reservas seguisse Yustrich. Monta a estratégia que faz a Raposa superar o favoritismo do rival e chegar ao deca estadual no Mineirão, em 13 edições, vencendo as duas partidas seguintes.
8 – 1979
Assume o Atlético no lugar de Jorge Vieira e comanda o time no quadrangular decisivo do Campeonato Mineiro de 1979, que invadiu o ano seguinte, conquistando o título. Vence ainda o Estadual da temporada, com o Galo ganhando seu primeiro bicampeonato da competição na Era Mineirão.
Ganha o torneio também em 1980, sendo o treinador mais marcante do hexacampeonato alvinegro, encerrado em 1983. É a maior sequência de taças em Minas Gerais na Era do Profissionalismo, iniciada em 1933.

O grande time comandado por Procópio Cardozo em 1980, que foi tricampeão mineiro e vice do Brasileirão, numa final contra o Flamengo recheada de polêmicas de arbitragem
9 – 1992
É o treinador do Atlético na conquista do primeiro título internacional oficial da história do clube, a Copa Conmebol de 1992. Apesar de não figurar na lista dos favoritos a levantar a taça, o Galo faz grande campanha e na final bate o poderoso Olimpia, do Paraguai, que tinha vencido a Copa Libertadores em 1990.

O grupo do Atlético que conquistou a primeira edição da Copa Conmebol, em 1992
10 – 2004
Chamado num momento de desespero atleticano, que brigava contra o rebaixamento na Série A e já acumulava três treinadores na competição (Paulo Bonamigo, Jair Picerni e Mário Sérgio), salva o time da queda marcando sete dos nove pontos disputados.

Procópio Cardozo comemora um dos gols que garantiram a permanência do Atlético na Série A em 2004