(Bruno Haddad/Cruzeiro)
O dia 13 de agosto de 1997 está marcado na história do Cruzeiro. Justamente naquele dia a Raposa conquistava o seu segundo título da Copa Libertadores, façanha que o clube celeste nunca mais alcançou e que, portanto, alimenta esse sonho do tricampeonato desde aquele fim da década de 90.
Ainda um bebê quando o capitão Wilson Gottardo levantou à América pela última vez para o Cruzeiro, Murilo Cerqueira Paim, hoje zagueiro do time principal estrelado, tinha menos de cinco meses de vida. Mais de duas décadas se passaram desde então, e o jovem, agora jogador profissional do clube, espera comemorar em 2018, enfim, o título tão esperado pelos cruzeirenses.
Coincidentemente, os dois títulos que o Cruzeiro tem na Copa Libertadores estão separados por 21 anos, o primeiro em 1976 e o segundo em 1997. Intervalo temporal que se repete desde a última conquista. Por isso, alcançar o troféu da competição neste ano tem um peso enorme para os atletas. Principalmente para o garoto Murilo.
“Representa muito para mim (o título). Estar numa Libertadores é o sonho de qualquer atleta. O Cruzeiro me proporcionou este privilégio e espero que possamos disputar o título”, disse o zagueiro em entrevista ao Hoje em Dia.
Outra coincidência é que Murilo tem hoje a mesma idade do jejum cruzeirense na competição. O que de certa forma aumenta a responsabilidade de todo o grupo de jogadores, já que duas décadas se passaram desde que o nome do Cruzeiro foi cravado pela última vez na plaquinha metálica na base do troféu mais cobiçado da América.Bruno Haddad/Cruzeiro
“Representaria demais (conquistar o título), ainda mais pelo Cruzeiro, que é o clube que me formou, minha segunda casa. Vejo que a torcida tem um carinho enorme pelos campeões de 76 e de 97. Quem sabe o elenco atual também não entre para a história como o que conquistou o tricampeonato? Seria um sonho!”, diz, sabendo da responsabilidade que tem em vestir a camisa cinco estrelas.
“Jogar no Cruzeiro é sempre uma responsabilidade enorme, porque é um clube gigante, com uma torcida fanática e exigente. Nós, jogadores, sabemos dessa responsabilidade e vamos tentar corresponder sempre dentro de campo”, garantiu.
A estreia de Murilo na Copa Libertadores aconteceu na derrota do Cruzeiro por 4 a 2 para o Racing-ARG, na Argentina, em fevereiro deste ano. De lá para cá o zagueiro não jogou mais pela competição.
“Todas as competições que o Cruzeiro disputa a gente entra para vencer. Cada uma tem a sua importância. Ganhamos a Copa do Brasil ano passado, que é a maior competição de mata-mata do país. Claro que a Libertadores é a maior competição do continente, então tem seu charme e nós queremos muito conquista-la também”, comentou o zagueiro, que espera comemorar o tricampeonato tão sonhado.