30/11: o dia mais marcante do calendário cruzeirense, com goleada e Tríplice Coroa

Alexandre Simões
@oalexsimoes
29/11/2020 às 14:42.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:10

A fundação aconteceu num 2 de janeiro. O primeiro jogo, em 3 de abril. A inauguração do Estádio do Barro Preto, num 23 de setembro. São várias as datas no calendário cruzeirense nesses quase 100 anos de história, mas nenhuma é tão marcante como o 30 de novembro, que abrigou duas façanhas fundamentais na construção da trajetória celeste.Arquivo Hoje em Dia

Na primeira partida da decisaõ da Taça Brasil de 1966, o Cruzeiro fez 6 a 2 no Santos, de Pelé, no Mineirão

Há exatos 54 anos, o Cruzeiro era o primeiro clube mineiro a decidir uma competição nacional. Encarava o poderoso Santos, de Pelé, na final da Taça Brasil de 1966.

O Peixe, que tinha um timaço, buscava o hexacampeonato em sequência da principal competição nacional da época, equiparada ao Campeonato Brasileiro pela CBF em 2010.

Mas em 30 de novembro de 1966 conheceu outro esquadrão, que lhe aplicou uma goleada por 6 a 2, com 5 a 0 no primeiro tempo, na primeira partida da decisão.

No segundo jogo, no Pacaembu, uma semana depois, o Cruzeiro garantiu a taça fazendo 3 a 2, de virada, depois de perder a etapa inicial por 2 a 0.

Tríplice coroa

Na maior temporada da história cruzeirense, em 2003, o clube ganhou o Campeonato Mineiro, a Copa do Brasil e alcançou a Tríplice Coroa conquistando a primeira edição da Série A por pontos corridos.

E a taça do Brasileirão foi assegurada matematicamente há exatos 17 anos, com uma vitória por 2 a 1 sobre o Paysandu, no Mineirão.Renato Cobucci/Arquivo Hoje em Dia

Em 2003, o Cruzeiro conquistou o Brasileirão de forma antecipada, no ano da Tríplice Coroa. A taça foi assegurada diante do Paysandu, em 30 de novembro, no Mineirão

Desbancar o Santos de Pelé e garantir a inédita Tríplice Coroa não é para qualquer clube. O Cruzeiro conseguiu, e o 30 de novembro é a data desses feitos. E por mais que o momento seja muito ruim, com o time na Série B do Campeonato Brasileiro e com menos de 1% de chances de acesso, as duas façanhas são eternas, e têm de ser comemoradas.

CRUZEIRO 6
Raul; Pedro Paulo, William, Procópio e Neco; Piazza e Dirceu Lopes; Natal, Tostão, Evaldo e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira
SANTOS 2
Gilmar; Carlos Alberto Torres, Mauro, Oberdan e Zé Carlos; Zito e Lima; Doval, Pelé, Toninho e Pepe. Técnico: Lula
DATA: 30 de novembro de 1966
ESTÁDIO: Mineirão
CIDADE: Belo Horizonte
MOTIVO: Primeira partida da decisão da Taça Brasil de 1966
GOLS: Zé Carlos (contra), a 1, Natal, aos 5, Dirceu Lopes, aos 20 e 39, e Tostão, aos 42 minutos do primeiro tempo; Toninho, aos 6 e 9, e Dirceu Lopes, aos 27 minutos do segundo tempo
ARBITRAGEM: Armando Marques, auxiliado por Joaquim Gonçalves e Euclides Borges
CARTÃO VERMELHO: Procópio (Cruzeiro); Pelé (Santos)
PÚBLICO: 77.325
RENDA: Cr$ 223.314.600,00

 

CRUZEIRO 2
Gomes; Maurinho, Cris, Edu Dracena e Leandro; Maldonado, Augusto Recife (Felipe Melo), Wendel (Sandro) e Zinho; Aristizábal (Mota) e Márcio Nobre. Técnico: Vanderlei Luxemburgo
PAYSANDU 1
Carlos Germano; Lecheva (Borges Neto), Lima, Jorginho e Souza; Vanderson, Sandro, Vélber (Júnior Amorim) e Magnum; Aldrobani e Jóbson (Alexandre Pinho). Técnico: Ivo Wortmann
DATA: 30 de novembro de 2003
ESTÁDIO: Mineirão
CIDADE: Belo Horizonte
MOTIVO: 44ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro
GOLS: Zinho, aos 7 minutos do primeiro tempo; Mota, aos 28, e Aldrovani, aos 45 minutos do segundo tempo
ARBITRAGEM: Héber Roberto Lopes, auxiliado por Roberto Braatz e Altemar Domingues, todos do Paraná
CARTÃO AMARELO: SANDRO (PAYSANDU)
PÚBLICO: 73.141 pagantes
RENDA: R$ 827.201,00

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