A céu aberto: torcedores brasileiros exploram pouca fiscalização em hotel da Seleção em Sóchi

Frederico Ribeiro
Enviado Especial à Rússia
13/06/2018 às 13:41.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:34
 (Arquivo pessoal)

(Arquivo pessoal)

SÓCHI (Rússia) - Revitalizado há 10 anos, hotel cinco estrelas e diária a R$ 1,3 mil, o Swissôtel Kamelia de Sóchi está longe de cumprir papel de fortaleza para a concentração da Seleção Brasileira na Rússia. Localizado à beira do Mar Negro, recebe hóspedes além da delegação do Brasil, mas também abre as portas para curiosos durante a estadia de Tite e jogadores.

Nesta quarta-feira, quarto dia de hospedagem do Brasil no hotel, o Hoje em Dia apurou que dois torcedores brasileiros foram conhecer o Swissôtel para tentar flagrar algum atleta. A missão parecia quase impossível, mas conseguiram muito mais do que isso. Passaram a tarde (são seis horas a mais em relação ao Brasil) na gigante piscina do local. Banho de água e cerveja, utilizando os serviços do bar.

Isso tudo sem gastar um centavo (fora as bebidas) dos R$ 1,3 mil da diária. Os torcedores estão hospedados em um local mais humilde de Sochi, a dez minutos de carro do QG da Seleção Brasileira.

Da piscina, enquanto relaxavam a bordo de um jacaré inflável, conseguiam observar as varandas dos quartos privativos e individuais dos jogadores brasileiros. Viram, por exemplo, o zagueiro Miranda mirar o Mar Negro antes do treinamento da tarde.

Por falar na atividade, um deles fez algo raro nesta Copa: conseguiu uma foto com o técnico Tite a caminho do campo anexo ao hotel. Rápido registro, suficiente para evidenciar que é possível um contato mais exclusivo com o time pentacampeão mundial. Basta usar a “cara de pau” tupiniquim.

SEGURANÇA

Apesar da cena descrita evidenciar pouca fiscalização nas áreas comuns do Swissôtel, há procedimentos de segurança, principalmente para a imprensa. Na terça-feira (12), foi feita uma varredura com cães e esquadrão anti-bomba na tenda construída para ser a sala de imprensa. Jornalistas passaram mochilas por máquinas de raio x. E houve até uma ordem inusitada: os celulares tinham que ter a tela acesa para os seguranças aprovarem a entrada dos mesmos.

Para os dois torcedores que não tiveram barreiras para desfrutar de parte do luxo do hotel, apenas uma máquina de raio-x para mochilas os separaram do lado externo de Sóchi para o QG da equipe canarinho.

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