A fé de Arthur e o olhar de Cantini: pequeno atleticano é flagrado por fotógrafo no Mineirão

Henrique André
18/03/2019 às 10:39.
Atualizado em 05/09/2021 às 17:51
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

Sentado nos ombros do pai, de olhos fechados, com as mãos para o alto como se pedisse a Deus uma vitória do Atlético, e eternizado pelas lentes do fotógrafo Bruno Cantini nas cadeiras do Mineirão, estádio em que pisou pela primeira vez. Foi assim que o pequeno Arthur, de apenas quatro anos, fez sucesso nas redes sociais neste fim de semana e mostrou que a nova geração de alvinegros nas arquibancadas está garantida. 

"Eu estava de olho nele. Aquilo foi antes de começar o jogo. Saquei que ele fechou os olhos, colocou a mão para o alto e ficou alguns segundos, aí disparei. Depois ele juntou as mãos e eu fiz uma sequência. Fico de olho, vendo o que está acontecendo. Quando vi aquela imagem, dele fechando os olhos e esticando os bracinhos, pensei: 'caraca! Não é possível!", relata Cantini ao Hoje em Dia.

Morador de Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o pequeno torcedor estreou com o pé direito no Gigante da Pampulha na tarde deste domingo (17). Nascido em outubro de 2014, mês que antecedeu o título da Copa do Brasil sobre o arquirrival Cruzeiro, ele viu o Galo superar o América  por 3 a 2, assumir de vez a ponta da tabela do Mineiro e manter uma invencibilidade de 14 anos sobre o alviverde, considerando duelos no palco do último clássico.

"Ele estava super empolgado e me pediu para entrar em campo com os jogadores. Como eu não sabia como conseguir, infelizmente não pude realizar este sonho. Moramos fora da cidade e, como não temos condições de ir a todos os jogos, cada segundo neste domingo foi especial para ele", conta Silvio Sales, pai do garoto.

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"Na família bem que tentaram que ele fosse cruzeirense, principalmente um primo na casa da Tia Dete. No início, ele chegou até a gritar "zêro", mas viu que o certo mesmo seria seguir o caminho do pai e do Anthony, irmão mais velho", acrescenta Sales, que trabalha numa empresa de mineração de calcário.

Acostumado a frequentar jogos do Atlético, também influenciado pelo pai, Silvio se sente orgulhoso ao ver a paixão dos filhos pelo clube. O sentimento é tão sincero que, mesmo quando o time atua fora de casa, a camisa preta e branca vira uniforme durante as horas que antecedem o apito inicial. 

Durante a transmissão na TV, Arthur e o pai ficam perfilados, assim como os jogadores, e, com a mão sobre o peito, cantam em voz alta o hino nacional; o baixinho, até pela idade, repete aquilo que consegue entender, obviamente. 

Quando a bola rola, o grito de "Galo" só é interrompido quando chega a hora de Samuel, o irmão mais novo, dormir. O menino, de apenas quatro meses, é outro que em breve reforçará o coro da família Sales.

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