A maior pressão da história e a inabalável fé da Massa: o ano 'Cento e Galo'

Henrique André e Thiago Prata
@ohenriqueandre @ThiagoPrata7
24/03/2021 às 16:58.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:30
 (Pedro Souza / Atlético)

(Pedro Souza / Atlético)

São 113 anos de feitos épicos, títulos, superação e quebra de paradigmas de um clube vangloriado por uma Massa que nunca deixou de acreditar, nem perdeu 1% de seu amor e seu fanatismo. Torcida esta que, mesmo em momentos de aparente derrocada, levantou o time em batalhas muitas vezes tidas como perdidas, mas que no fim consagraram monstros como o Trio Maldito (Jairo, Said e Mário de Castro), Guará, Zè do Monte, Dadá, Reinaldo, Ronaldinho, Victor, Levir Culpi e tantos outros. É, Galo! Em uma temporada tão importante, é uma pena que, em função da pandemia, seu maior patrimônio – o torcedor – não possa acompanhá-lo nos palcos de novos combates. E quem, sabe, vindouras glórias.

Este seja talvez o ano de maior pressão por títulos da história do Atlético. Não que não houvesse essa necessidade ou essa sede por conquistas no passado. Porém, é fato que o altíssimo investimento – há a possibilidade de mais reforços de peso chegarem – e os planos traçados conferem ao clube o status de um dos grandes favoritos na Libertadores, no Brasileiro e na Copa do Brasil. Se 2013 foi conhecido como “Dois mil e Galo” – termo que deu sorte –, em seu ano de número “Cento e Galo”, a esperança alvinegra é de mais uma temporada antológica.

A principal similaridade em relação à Liberta de 2013 é seu treinador. Um dos maiores técnicos da história atleticana, Cuca viu do banco de reservas o esquadrão comandado dentro de campo por são Victor e Ronaldinho Gaúcho alcançar o topo da América do Sul – o que foi crucial para colocar a agremiação no top 10 (em nono lugar, mais especificamente) do continente na última década, segundo o ranking da Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS).

Naquela ocasião, a torcida atleticana fez jus ao clichê de “12° jogador”, imortalizando o “Eu acredito!”. Em determinadas situações, parecia que o torcedor estava no gramado ao lado dos atletas, como disse o atacante Guilherme, autor do gol “salvador” contra o Newell’s Old Boys, nas semifinais. "Foram milhões de atleticanos chutando junto comigo", afirmou no documentário “Contra o Vento”.

Contra o vento, contra o imponderável, contra as maldições do passado, o Galo se libertou em 2013 e, após uma rápida reformulação no ano seguinte, promovida por Levir Culpi, angariou outra inédita taça, a da Copa do Brasil. E com um gostinho especial que todo atleticano faz questão de enfatizar nas tradicionais "conversas de boteco” com seus rivais.

A insaciável busca pelo bi da Libertadores, da Copa do Brasil e do Brasileirão continua em 2021, um ano que pode ser um dos maiores da história do Atlético. A pressão existe e é gigante. No entanto, a fé do torcedor, mesmo longe dos estádios, no time do coração poderá dar um novo sentido ao “Eu Acredito!”. Ou a criação de um novo lema neste 113° capítulo do Galo Forte Vingador, celebrado nesta quinta-feira (25). Pedro Souza / Atlético

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