Abacaxi e puxa-sacos: no Estadual Central, eleição também é dia de comércio popular

Frederico Ribeiro
Hoje em Dia - Belo Horizonte
07/10/2018 às 14:57.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:51
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

Uma das zonas eleitorais mais importantes de Belo Horizonte, onde votaram o prefeito Alexandre Kalil e os candidatos a deputados Aécio Neves e João Leite, o Estadual Central virou ponto de comércio neste domingo (7). Valia do abacaxi pendurado num gradil de madeira até os panos de prato e 'puxa-sacos' já tradicionais na Escola Estadual Governador Milton Campos.

Bem antes da abertura dos portões, às 4h30, as irmãs Ana Maria e Helena Miranda montavam o varal com a amostra dos panos de prato de fabricação própria. Figurinhas carimbadas nas feirinhas do Mineirinho e Ceasa, elas madrugaram para escolher o melhor ponto de instalação da banca. E valeu a pena se posicionar bem na entrada do local de votação, que começou a receber muitas pessoas a partir das 10h.

"Estamos aqui há oito anos. Dia de eleição é ótimo para o comércio. Há um bom retorno dos clientes. Como é um ponto tradicional de votação, há muita gente de mais idade, muitas mulheres que se interessam pelos nossos produtos. Agora, aceitamos até cartão de débito", afirmou Helena Miranda, em meio a uma venda.Flávio Tavares/Hoje em Dia

Irmãs Ana Maria e Helena vendem panos de
prato há 8 anos em época de eleição

Na mesma calçada na qual os comerciantes tomam cuidado para não obstruir a passagem, principalmente nas marcações de auxílio para deficientes visuais, o capixaba Jonis Costa deixou a avenida Uruguai, onde vende abacaxis, para explorar a clientela.

A estratégia para chamar a atenção é colocar o preço das frutas bem visível, além de permitir que o potencial comprador prove o abacaxi. Entretanto, quem ficou de olho em Jonis foi a Guarda Municipal, que mandou o comerciante recolher os produtos.

"Estou há três anos em Belo Horizonte e vim em 2016, na eleição passada, vender o abacaxi aqui na porta da escola. É um ponto bastante movimentado durante todo o domingo. Então, quem já está no ramo me deu a dica para ficar aqui. O problema é só a fiscalização, que não nos permite ficar. Já recolheram meu produto algumas vezes".

Enquanto aguardavam na fila quase quilométrica na área de votação, os eleitores do Estadual Central também puderam comprar pipoca em um carrinho ou produtos da roça em uma barraca vizinha da rua Fernandes Tourinho, com avenida do Contorno.

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