A partida chega ao final e o quarto árbitro levanta a placa com os acréscimos. O gesto pode significar alguns minutos de drama, esperança ou, simplesmente, burocracia do juiz principal. De uma forma ou de outra, o tempo adicional, nesta Copa do Mundo, tem sido um fator decisivo nas partidas.   Os minutos compensados pela arbitragem, somados, formariam três jogos inteiros e mais um tempo regulamentar. Ao todo, foram 317 minutos de acréscimos nos 56 jogos já disputados.   Algumas seleções, inclusive, só sobreviveram no Mundial no “apagar das luzes”. O jogo realmente só acaba quando termina, como registrou o folclórico ex-presidente do Corinthians, Vicente Matheus. Grécia e Holanda, por exemplo, eliminaram nos acréscimos Costa do Marfim (fase de grupos) e México (oitavas de final), respectivamente.   Além disso, a revelação colombiana James Rodríguez só encabeça a lista de artilharia porque anotou dois gols após o tempo normal, contra a Grécia e diante do Japão. Houve outras seleções beneficiadas pela “bondade” do juiz. Portugal conseguiu um empate contra os Estados Unidos após o relógio marcar 45 minutos do segundo tempo. Messi salvou a Argentina de um empate contra o Irã.   A Copa, inclusive, teve o primeiro jogo com gol nos acréscimos: Oscar fechou a vitória brasileira contra a Croácia.   Prorrogação   Se os 30 minutos da prorrogação forem levados em conta, são 467 minutos a mais para a torcida desfrutar da maior competição de futebol do planeta. O que significa mais de cinco jogos completos só de tempo extra.   No mundial da África do Sul, por exemplo, ao final das oitavas, foram 281 minutos de tempo adicional, sendo que houve apenas um jogo indo para a prorrogação na segunda fase.

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