Afastamento de Wagner Pires de Sá será votado em 17 ou 21 de outubro. Entenda o processo

Guilherme Guimarães e Alexandre Simões
01/10/2019 às 12:40.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:01
 (Bruno Haddad/Cruzeiro)

(Bruno Haddad/Cruzeiro)

Podem estar contados os dias de Wagner Pires de Sá à frente da presidência do Cruzeiro. O presidente do Conselho Deliberativo do clube, Zezé Perrella, decide ainda nesta terça-feira (1) se será em 17 ou 21 de outubro a reunião do órgão para tratar do afastamento do atual mandatário do cargo. Isso para cumprir o prazo legal.

A publicação do edital de convocação do Conselho Deliberativo já será feito nesta quarta-feira (2). Na reunião dos conselheiros, em primeiro lugar, será votado o afastamento de toda a chapa eleita em outubro de 2017.

Inicialmente, como o Hoje em Dia publicou, existiam conversas para se manter o primeiro vice, Hermínio Lemos, no cargo e assumindo o clube. Mas nas últimas horas suas ações mostraram um envolvimento muito grande com Wagner Pires de Sá e o Conselho Deliberativo do Cruzeiro pode afastar toda a chapa.

De toda forma, há nomes fortes na oposição que defendem a permanência de Hermínio. Entre eles está o ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares. Ele acredita que outro ponto importante é a harmonia do clube. E que a saída de Wagner, com a permanência do seu primeiro vice, pode ajudar para que isso seja alcançado.

Mesmo assim, Hermínio Lemos formaria um comitê gestor, que o ajudaria a tocar o clube, principalmente no que se refere ao futebol, que neste momento é um ponto crítico na Raposa.

Votação

Para que a chapa eleita em 2017 caia, são necessários 50% dos votos dos presentes mais um. Assim, se comparecerem por exemplo 400 conselheiros à reunião, 201 votos a favor decretam o afastamento de toda a diretoria cruzeirense.

Se isso for alcançado, o segundo passo da reunião será votar os afastamentos do vice-presidente de futebol, Itair Machado, e do diretor-geral do clube, Sérgio Nonato.

A terceira votação do dia será a eleição de um comitê gestor que comandará o clube por 90 dias, período de afastamento de Wagner Pires de Sá e toda a sua diretoria. Neste período, todos os atos seriam investigados a fundo e a expectativa da oposição cruzeirense é que sejam recolhidos dados suficientes para a cassação dos atuais comandantes celestes.

Este comitê gestor contará com três ou cinco nomes. E a ideia dos líderes da oposição cruzeirense é que estes nomes já estejam escolhidos até a reunião de 17 ou 21 de outubro, para que já sejam apresentados ao Conselho Deliberativo.

O Conselho Deliberativo vai se basear no Estatuto do Cruzeiro. O documento não fala em afastamento da diretoria, mas dá ao órgão o direito de "interpretar os casos omissos do presente Estatuto e velar pelos interesses do Cruzeiro Esporte Clube".

Como o Hoje em Dia já adiantou, a reunião para o afastamento de Wagner Pires de Sá e de toda a sua diretoria não acontecerá nas dependências do clube, no Barro Preto. Isso para impedir a pressão de conselheiros que são funcionários do clube sobre os votantes. A tendência é que ela ocorra em algum hotel de Belo Horizonte. Além disso, o voto será aberto, o que permitirá se saber qual a opção de cada conselheiro.

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