'Afogalo': Atlético é eliminado para o Afogados e cai pela segunda vez em menos de uma semana

Thiago Prata
@ThiagoPrata7
27/02/2020 às 00:08.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:46
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

Na última quinta-feira (20), o Atlético jogou no lixo o sonho de erguer a taça da Copa Sul-Americana, ao ser desclassificado logo na primeira fase para o modesto Unión de Santa Fé, 18º colocado do Campeonato Argentino. Menos de uma semana depois, o fantasma da eliminação voltou. A derrota nos pênaltis para o Afogados de Ingazeira, por 7 a 6 – após empate em 2 a 2 no tempo normal – resume o que é o Galo nos dois primeiros meses do ano: uma equipe dona de um futebol pífio, sem padrão tático algum, carente em várias posições, sem poder de decisão e que deu dois vexames seguidos em dois torneios.

O show de horrores nessa Quarta-feira de Cinzas (26) reflete também o planejamento da diretoria e da comissão técnica, além, é claro, dos sucessivos episódios vergonhosos construídos pelos atletas dentro de campo. É de se lembrar que nesta campanha na Copa do Brasil, o Atlético não conseguiu vencer sequer um dos dois adversários que enfrentou, sendo que tanto o Campinense quanto o Afogados são da Série D do Brasileiro.

Embora o desempenho seja muito aquém do esperado – isso sem contar que o Galo é apenas o quarto colocado do Campeonato Mineiro –, a diretoria deve manter Rafael Dudamel. Pelo menos, foi o que deixou claro o presidente do clube, Sérgio Sette Câmara, depois do triunfo por 2 a 0 sobre o Unión: “Vocês já estão derrubando o treinador? O que é isso? O treinador vai ficar. Não vamos, por conta de um mês de trabalho, que ainda está começando...”. Ao que tudo indica, ele deve “bancar” a permanência do comandante.

Dudamel, por sua vez, ainda não conta com todo o elenco à disposição, e alguns jogadores seguem longe do melhor da forma física. Mas os resultados até agora aumentam a pressão sobre ele.

Os gols

No tempo regulamentar, o Afogados marcou com Candinho e Philip, enquanto o Atlético anotou gols com Gabriel e Ricardo Oliveira. O Pastor deu fim a um jejum de mais de seis meses sem fazer gol (15 jogos).

Nas penalidades, o time da casa balançou as redes com Thalison, Willian Gaúcho, Philip, Rodrigo, Eduardo Erê, Diego Teles e Heverton; erraram Diego Ceará e Douglas Bomba. No Galo, fizeram Otero, Ricardo Oliveira, Savarino, Guga, Arana e Igor Rabello; desperdiçaram suas cobranças Allan, Nathan e Gabriel.

AFOGADOS 2 X 2 ATLÉTICO (7 a 6 nos pênaltis)
Motivo
: segunda fase da Copa do Brasil
Local: Estádio Vianão, em Afogados da Ingazeira (PE)
Arbitragem: Sávio Pereira Sampaio, auxiliado por José Reinaldo Nascimento Junior e Lehi Sousa Silva, todos do Distrito Federal
Cartões amarelos: Márcio, Wilian Gaúcho e Rodrigo (Afogados); Gabriel e Allan (Atlético)
Cartões vermelhos: Márcio (Afogados); Hyoran (Atlético)
Gols: Candinho, aos 16, e Philip, aos 27 minutos do segundo tempo (Afogados); Gabriel, aos 20, e Ricardo Oliveira, aos 33 minutos do segundo tempo (Atlético)
 

AFOGADOS

Wallef; Jader (Rodrigo), Heverton, Márcio e Thalison; Douglas Bomba, Diego Teles, Candinho (Willian Gaúcho) e Philip; Erivelton e Diego Ceará Técnico: Pedro Manta

ATLÉTICO
Michael; Iago Maidana (Savarino), Igor Rabello e Gabriel; Guga, Allan, Jair (Ricardo Oliveira), Otero, Hyoran e Guilherme Arana; Di Santo (Nathan)
Técnico: Rafael Dudamel

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