Africanos duelam na final da CAN para vir a Belo Horizonte

Bruno Moreno - Do Hoje em Dia
10/02/2013 às 08:35.
Atualizado em 21/11/2021 às 00:53
 (Ben Stansall)

(Ben Stansall)

O adversário do Taiti no primeiro confronto que o Mineirão receberá na Copa das Confederações 2013, no dia 17 de junho, às 16 horas (de Brasília), será conhecido neste domingo (10), na final da Copa Africana de Nações. A Nigéria enfrenta Burkina Faso, no Estádio Nacional (ex-Soccer City), em Johannesburgo, na África do Sul. Após dois anos e meio, quando recebeu a final da Copa do Mundo de 2010, em que a Espanha venceu a Holanda por 1 a 0, o estádio sul-africano volta a sediar uma importante partida de futebol. A expectativa dos belo-horizontinos é que a Nigéria, com um futebol com mais tradição e qualidade e bicampeã do torneio, triunfe sobre o azarão.   A explicação é simples. Enquanto os Super Águias participaram de quatro Mundiais (1994, 1998, 2002, 2010) e conquistaram o ouro nas Olimpíadas de Atlanta-96 – após eliminar o Brasil na semifinal e derrotar a Argentina na decisão –, seus adversários nunca disputaram uma Copa do Mundo.   Prêmio duplo   Quem vencer hoje, além de levar para casa o troféu da disputa continental, terá a chance de jogar contra Espanha, Uruguai, que assim como o Taiti compõem o Grupo B.   A última final da qual a Nigéria participou no torneio foi em 2000, quando perdeu para a seleção de Camarões. Desde então, nunca mais voltou a disputar a final da competição. Ao mesmo tempo, se vencer, a Nigéria quebra dois jejuns, porque será a primeira vez que um técnico negro conquistará o título do continente. No caso, Stephen Keshi, que já foi campeão com a Nigéria em 1994. Se vencer, será o segundo a conseguir ser campeão como jogador e técnico. O primeiro foi Mahmoud El Gohary, do Egito (1959/1998). O caminho percorrido por Keshi não foi fácil. Na seleção natural que precisou fazer na Nigéria, barrou medalhões e ganhou a antipatia de torcida e imprensa locais.   Depois da resistência inicial, Keshi ganhou apoio incondicional e irrestrito. Tanto que até as prostitutas nigerianas prometeram uma semana de sexo grátis para os jogadores, em caso de título.    Para o técnico de Burkina, Paul Put, não há motivos para temer os favoritos. “Também somos uma grande equipe e não vamos nos esconder”, garante. 

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