Além de astros do tênis, Rio Open terá espaço para lazer, shows e pratos de chefs

Estadão Conteúdo
19/02/2018 às 08:04.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:26
 (Divulgação/Rio Open)

(Divulgação/Rio Open)

Principal competição de tênis da América do Sul, o Rio Open começa nesta segunda-feira querendo ir além das disputas nas quadras de saibro instaladas no Jockey Club Brasileiro, na zona sul do Rio. Na quinta edição do torneio de nível ATP 500, a ideia dos organizadores é fazer do local um ponto de encontro de amigos e de lazer para a família. Isso porque, além da presença de estrelas do tênis mundial, como o croata Marin Cilic, o austríaco Dominic Thiem e o francês Gael Monfils, o Rio Open terá espaço ampliado para lazer, shows musicais e pratos produzidos por chefs renomados.

O principal nome da competição será Cilic, atual terceiro colocado no ranking da ATP e vice-campeão do Aberto da Austrália. Será a primeira vez que ele disputará a competição carioca. "O Rio Open é um desafio para mim, especialmente por ser no saibro. Espero começar em um bom nível desde o primeiro jogo, mantendo a forma do Aberto da Austrália. O saibro me ajudou a jogar melhor e por isso quis vir jogar aqui", disse.

Apesar de nem todos os ingressos terem sido vendidos - ainda é possível encontrar bilhetes para a maior parte dos dias, inclusive para a final do próximo domingo -, a expectativa dos organizadores é de crescimento de público em relação à edição do ano passado. "Este ano será fora da época do carnaval. Não sabíamos muito bem como seria, mas estamos tendo uma surpresa muito boa. Foram 45 mil pessoas no ano passado, e este ano prevemos 10% a mais", considerou Marcia Casz, diretora de esportes da IMM e responsável pela organização do torneio.

Segundo dados dos organizadores, mais de 60% do público já esteve na competição em pelo menos uma das edições passadas, e 20% é de fora do Rio. Desses, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Paraná são os estados que mais levam pessoas ao Rio Open.

A crise na segurança pública - o governo federal interveio nas polícias Civil e Militar, no Corpo de Bombeiros e no Sistema Penitenciário - não deverá impactar no torneio, avalia Marcia. "Segurança sempre é preocupante em qualquer grande torneio e estamos muito seguros com nosso planejamento", considerou. "A própria localização ajuda. Os atletas ficam perto, e o deslocamento não passa pelas áreas mais difíceis. A Guarda Municipal nos dá apoio logístico, e dentro do evento temos reforço na segurança e vistoriamos tudo. Estamos bem confiantes, mas tristes com a situação atual em que o Rio se encontra."

CUSTOS - O Rio Open distribuirá US$ 1,84 milhão (R$ 5,95 milhões) em prêmios, valor que tem crescido com o passar dos anos - na primeira edição, a disputa masculina pagou US$ 1,25 milhão. Juntar o montante e levantar toda a estrutura da competição, que inclui a construção de uma quadra central com capacidade para 6.200 pessoas e uma praça de serviços de 10 mil metros quadrados, com área VIP, restaurantes e lojas, foi um desafio extra em um momento em que a economia do País ainda tenta se recuperar.

"Óbvio que a crise impactou muito", afirmou Marcia. "Mas conseguimos manter 90% dos patrocinadores e estamos conseguindo sobreviver. Fazemos um esforço muito grande, porque a gente investe no produto e quer crescer."

O crescimento passa por um sonho antigo: levar o Rio Open para o Parque Olímpico e aproveitar toda a estrutura já existente na área construída na Barra da Tijuca. O problema é que o palco dos Jogos do Rio-2016 é de quadra dura, e a competição carioca é disputada no saibro.

"Estamos muito satisfeitos com o evento no Jockey. Fica no coração da cidade, tem o Cristo Redentor abençoando o evento. A nossa chancela é para o saibro, e fazer essa mudança para o complexo olímpico depende de aprovação para mudança de superfície", lembrou Marcia. "A gente é feliz com o que Rio Open é, mas pensando no crescimento do torneio, queremos mudar para a quadra rápida."
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