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Almagro supera oito meses de recuperação e enaltece o Brasil

Nathalia Garcia
Publicado em 15/02/2015 às 11:51.Atualizado em 18/11/2021 às 06:02.

Tricampeão do Brasil Open, o espanhol Nicolás Almagro ostenta a honra de ser o maior vencedor da competição com os títulos de 2008, 2011 e 2012. O carinho pelo torneio é tão grande que o tenista decidiu jogá-lo pela décima vez neste ano. Apesar da eliminação nas quartas de final, na sexta-feira, e da chance do tetra ter escapado, a disputa no País mais uma vez lhe deu alegrias. Foi justamente no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, que ele reencontrou o caminho das vitórias em sua retomada no tênis depois de uma cirurgia no pé esquerdo.

O tenista de Múrcia teve de ser submetido à operação por causa de uma inflamação do tecido da sola do pé e ficou afastado das quadras por oito meses. Desde que retornou, caiu no Torneio de Sydney diante do uruguaio Pablo Cuevas - seu algoz também no Brasil - e no Aberto da Austrália, contra o japonês Kei Nishikori. O jejum de vitórias já durava 279 dias, quando Almagro superou o esloveno Blaz Rola por 2 sets a 0. Ele ainda arrancou duas vitórias consecutivas, o que não conseguia desde o ATP de Barcelona, em abril de 2014.

A luta agora é para retomar o seu posto entre os melhores tenistas do mundo. Com 12 títulos em 21 finais de torneios da ATP disputadas no saibro, o ibérico quer voltar a ser um forte candidato a títulos na terra batida. Atual 82º colocado no ranking, Almagro costumava figurar no Top 15 até o início do ano passado. Sua melhor colocação foi obtida no dia 2 de maio de 2011, quando apareceu em 9º.

Almagro faz parte da "armada espanhola" que sempre vem ao País durante a turnê sul-americana. Além da competição em São Paulo, ele também garantiu participação no Rio Open, que começa nesta segunda-feira.

Em entrevista à Agência Estado, o tenista fala sobre a estrutura do Brasil Open, recorda quando a disputa era na Costa do Sauipe, na Bahia, e projeta suas expectativas para a competição no Rio. Almagro ainda comenta o seu encontro com o ex-jogador de futebol Ronaldo.

Agência Estado - Você está jogando no Brasil Open pela décima vez, o que te atrai nesta competição?
Nicolás Almagro: É um País em que sempre me sinto muito feliz de jogar. Tive a sorte de conseguir muitas vitórias importantes durante a minha carreira nesta gira sul-americana e o saibro é minha superfície favorita. Gosto de estar aqui. Ter ganhado nos outros anos me dá muita felicidade, espero que possa conseguir mais algum título aqui antes que eu me aposente.

AE - Até 2011 o Brasil Open era disputado na Costa do Sauipe. Você preferia jogar lá?
NA: São cidades muito diferentes. Em São Paulo tem altitude, no Sauipe se joga no nível do mar e tem a praia. Aqui não, digamos que é mais concentrado em nível de hotel, treinos. Lá podíamos sair do jogo e ir à praia, se divertir, tomar um banho de mar, caminhar, passear.

AE - O que pensa da estrutura do Ginásio do Ibirapuera?
NA: É um ginásio muito bonito, um lugar espetacular para disputar o tênis, muito grande.

AE - E acha que as quadras são boas?
NA: Sim, as quadras estão melhorando ano a ano. Pouco a pouco é um torneio que vai se consolidando.

AE - Como foi voltar a ganhar depois de nove meses?
NA: Está sendo uma semana muito positiva. Tive de trabalhar muito e muito duro para poder voltar a competir e, portanto, sinto felicidade e satisfação de ter conseguido fazer boas partidas aqui em São Paulo.

AE - Como foi o período de recuperação de sua cirurgia no pé esquerdo? E como se sente agora?
NA: Estou melhor. Fiquei muito tempo sem poder competir, foi uma etapa muito difícil, mas voltei às competições com muita vontade.

AE - Tem sentido alguma dor?
NA: Não, dor não tenho sentido. Mas pouco a pouco vou recuperando o ritmo de partida, de competição que havia perdido. É preciso ser cauteloso e ir sempre devagar para ficar cada vez melhor.

AE - Quais são os seus objetivos em ranking para essa temporada?
NA: Poder voltar a estar entre os 30 melhores, os 20 melhores, seria um dos objetivos. Mas vai ser difícil.

AE - Qual é a expectativa para o Rio Open, que terá Rafael Nadal e David Ferrer?
NA: Não tenho nenhuma meta porque fiquei muito tempo sem competir, muito tempo fora das quadras, terei de ver dia a dia, partida a partida, para poder ver como vou me saindo. Está claro que eles são os favoritos ao título e são os jogadores a serem batidos.

AE - E como vê os tenistas brasileiros?
NA: Ganharam de nós na Copa Davis, foi um passo muito importante para eles, voltaram ao Grupo Mundial. João Souza (Feijão), Thomaz Bellucci e tem jogadores de duplas muito bons também, como Marcelo Melo e Bruno Soares, temos de levar em consideração.

AE - Pensa que o Brasil Open perde importância com o Rio Open sendo um ATP 500?
NA: Não acho que perde importância. Acredito que é muito difícil fazer um torneio 500 e um torneio 250 e o Brasil tem os dois, em duas semanas seguidas. É algo que os brasileiros deveriam se sentir orgulhosos de ter e por poderem desfrutar do tênis de mais alto nível.

AE - Como foi o seu encontro com Ronaldo aqui no Brasil?
NA: Pude conhecer um dos meus ídolos do mundo do futebol. Para mim, ele é o melhor centroavante da história, um autêntico fenômeno. Foi uma experiência muito bonita e muito positiva.


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