O paraguaio Fábio Caballero já sabe o que vai fazer neste sábado (1º), às 17h20, com a esposa: assistir, pela televisão, ABC x América, pela 33ª rodada da Série B.

Mesmo não sendo relacionado para nenhum jogo da Segundona, o volante do Coelho não deixa de acompanhar o time, que tem 48 pontos e ainda luta por uma vaga no G-4.

“Sempre acompanho com minha esposa. Quando o jogo é aqui, eu vou ao estádio acompanhar de perto. Quando é fora, nós deixamos de sair e ficamos em casa para assistir. Acompanho porque é o América que me paga. Não sou este companheiro que não apoia o time quando não é relacionado” afirma o atleta.

Apresentado no início do ano, junto com Obina, artilheiro do time na competição, com 12 gols, e Gilson, considerado o principal jogador da equipe na Série B, Caballero parecia ter chegado a Belo Horizonte para ser titular e um dos destaques do América na temporada.

Mas não foi o que aconteceu. “Quando eu cheguei aqui, todos tinham muita expectativa em mim. Queria estar bem fisicamente para corresponder quando a oportunidade chegasse. E foi nisso que foquei. Não sei porque tive poucas chances, mas nunca fui para os treinos com a cara fechada. Continuo fazendo a minha parte, respeitando os treinadores e esperando a minha vez”, diz.

Filho de comerciante com uma doméstica, o atleta de 22 anos hoje vive com a esposa Natalia, com quem é casado há quatro meses, num apartamento confortável na região da Pampulha. Ele se orgulha de ter dado uma casa para a mãe.

Com passagem pela seleção paraguaia e com duas Libertadores no currículo, o tímido Caballero aproveita o tempo com a esposa para ir ao shopping e a restaurantes próximos de casa. Com o contrato com o América se encerrando no final de dezembro, ele não acredita que terá uma chance de atuar nesta Série B.

“Faltando dois meses, creio que não terei uma oportunidade. Ficar um ano sem atuar é ruim para o jogador. Mesmo assim, agradeço ao América por ter confiado em mim”, lamenta.

Vínculo com o Galo

Quando o Atlético emprestou o zagueiro Cáceres ao Olimpia, em 2012, bancou parte dos salários do jogador e em troca recebeu 20% dos direitos econômicos de Caballero. No entanto, de acordo com o paraguaio, seu empresário, Régis Chedid, chegou a um acordo com o Galo, e o alvinegro não é dono mais deste percentual.

A reportagem do Hoje em Dia entrou em contato com Eduardo Maluf, diretor de futebol do Atlético, mas ele não quis se manifestar. Chedid não foi encontrado.

Compartilhar